Como a IoTSP revoluciona a indústria  

Ao terminar este ano, o mundo terá 6,4 bilhões de dispositivos conectados diretamente à Internet. Isto representa um crescimento de 30% em relação ao ano anterior. Praticamente um dispositivo por pessoa no mundo estará ligado à Rede.

Em 2020 se espera que sejam 20,8 bilhões de dispositivos conectados entre si por meio da Internet. Isso é a chamada IoT (Internet das Coisas). 

Nos próximos anos veremos o fortalecimento de um modelo que deve revolucionar a indústria: a IoTSP (Internet das Coisas, Serviços e Pessoas). A iniciativa é um passo além, quando o assunto é Internet das Coisas.

Não se trata de apenas conectar dispositivos, mas sim estabelecer uma nova forma de trabalho. Com a IoTSP é possível ajudar as empresas a aumentarem continuamente seus ativos físicos e humanos que estão conectados, além de promover novos modelos de serviços que otimizem as operações e aumentem a lucratividade.

Com a massiva aplicação de dispositivos inteligentes conectados em rede, os sistemas industriais passam a interagir de forma mais eficaz no suporte à decisão. Isso potencializa a colaboração entre as diferentes etapas do processo produtivo e a interação entre pessoas e os sistemas de automação.

Temos investido nas tecnologias que compõem essa estratégia há mais de uma década por meio de sistemas de controle, soluções para comunicação, sensores e software. E os frutos já estão por aí, em áreas como indústria, infraestrutura e concessionárias.

Logicamente, há muitos desafios nesse processo, entre eles:

• Segurança – As empresas que embarcam nesse mundo novo de possibilidades precisam superar o receio associado à questão da segurança e estarem atentas à proteção de dados. Mais dispositivos conectados também significam maior número de vulnerabilidades a serem exploradas por criminosos da Internet.
• Armazenamento –O volume de informações geradas por mais pessoas e dispositivos conectados abastece o Big Data e cria uma demanda importante por maior capacidade de armazenamento.
• Análise de dados – Cabe às empresas analisarem de forma inteligente esse volume de informação produzida e transformar esses dados em vantagem competitiva, criando produtos mais adequados às necessidades dos clientes.
• Inclusão – Mesmo com as grandes vantagens proporcionadas pela conectividade, temos que manter em nosso radar que ainda há um grande volume de pessoas à margem dessa revolução. Nada menos que 60% da população mundial não tem acesso à internet. A tecnologia deve ser abrangente, não excludente.

Apesar dos desafios, tenho plena convicção que as mudanças geradas pelas novas tecnologias de conectividade são inevitáveis e trarão um impacto positivo e revolucionário para sociedade, colaborando para a criação de um planeta mais sustentável e que utiliza de forma mais equilibrada recursos como a energia elétrica. E a IoTSP é um componente essencial nesse processo.