Como o radicalismo embota o raciocínio.
A jornalista Eleonora de Lucena elabora um artigo na secção debates, do jornal Folha de São Paulo do dia 27 próximo passado, que é um primor da falta de objetividade e uma apologia ao nonsence.
A brilhante colocação da jornalista começa "Sob o governo golpista, o país retrocedeu anos.".
A presidente Dilma Rousseff foi defenestrada, pois vinha dando continuidade a um governo que além instituir a corrupção como política de estado vinha a fazendo uma gestão temerária em relação ao país, causa real de sua deposição, pois estava levando o país a bancarrota.
Governo legítimo, eleito com os mesmos 54 milhões de votos que a sua parceira de chapa. Após ser afastada por ter se utilizado de mecanismos escusos denominados de "pedaladas fiscais", uma das várias ações que contribuíram para o mau desempenho da economia complementado por desonerações fiscais localizadas, benefícios indevidos e de legalidade duvidosa para grandes grupos empresariais que irrigou o sistema de propinas no governo petista, assumiu como determina a constituição por ter sido eleito Vice-presidente, com a obrigação de assumir o poder no impedimento do presidente.
Diz ainda a jornalista que perdeu totalmente seu senso de objetividade: "Passado um ano do inicio do processo de impeachment, o país está bem pior. Sob o governo golpista, retrocedeu anos". Qualquer pessoa medianamente bem informada sabe que o retrocesso do país foi resultado do desastre que foram os resultados nas áreas:
1. Economia
As acusações que embasam o pedido de afastamento da presidente – as "pedaladas fiscais" e a assinatura de decretos de suplementação orçamentária sem a autorização do Congresso – são, de certa forma, um dos reflexos da crise econômica que afeta o país.
2. Política
O "nó inicial": Lula "criou" a sucessora. "Dilma não tem vida própria como política." Primeiro, Dilma tentou reafirmar sua autonomia em relação a Lula. De outra parte, isolou o (vice Michel) Temer. E, cercada por trapalhões na operação política, quis criar um novo partido, com Cid Gomes e Gilberto Kassab, para esvaziar o lado fisiológico do PMDB, em vez de iniciar uma negociação para colar mais a legenda politicamente a seu governo. Como se o PMDB fosse ficar quieto", diz, sobre a tentativa frustrada de recriar o PL.
3. Administração
Dilma não adotou uma agenda de reformas para melhorar a gestão pública no país. Se houvesse planejamento e a transparência fosse maior, uma "pedalada" contábil não poderia ter acontecido. Não havia, o menor questionamento sobre a qualidade e/ou a eficiência do gasto. Para completar implementou a "política de campeões nacionais do BNDES”, cujo critério para as escolhas dos apaniguados vem aparecendo nas apurações de corrupção.
Podemos concluir jornalista que só uma mente embotada poderia conceber que um governo que mal completa um ano possa retroceder o país em mais de vinte, feito esse que só pode ser creditado aos 13 anos do governo petista, pelo menos por pessoas que tenham bom senso, e tenham o hábito de raciocinar.