Vídeos curtos dominam 2024: por que TikTok e Reels têm o maior ROI no marketing digital
A ascensão dos vídeos curtos e do streaming transformou o marketing digital em um terreno de conteúdo ágil e visualmente dinâmico, onde a atenção do público é disputada em segundos. Esse formato, popularizado por plataformas como TikTok, Instagram Reels e mais recentemente pelo YouTube Shorts, não apenas redefiniu o comportamento dos usuários, mas também se consolidou como uma das estratégias com maior retorno sobre investimento (ROI) em 2024.
O sucesso do conteúdo curto reside na sua capacidade de capturar rapidamente a atenção do usuário em um contexto onde o consumo de conteúdo é cada vez mais acelerado. A pesquisa de comportamento digital da GlobalWebIndex revela que os vídeos curtos têm uma taxa de engajamento de até 85% entre jovens de 16 a 24 anos, faixa etária que representa grande parte dos usuários do TikTok e Instagram. Esses dados não surpreendem, visto que a natureza desses vídeos permite um consumo rápido, o que gera maior probabilidade de retenção de mensagem e engajamento emocional. “Estamos em uma era onde o conteúdo é consumido em um ritmo muito acelerado, e o vídeo curto se torna o meio ideal para capturar essa audiência”, afirma Tom Buchanan, pesquisador de comportamento digital da Insider Intelligence.
Além do TikTok, o Instagram tem ajustado sua plataforma para competir diretamente nesse cenário, favorecendo o engajamento em vídeos curtos por meio de seu algoritmo. Estudos indicam que os Reels têm quase duas vezes mais alcance orgânico do que outros formatos de postagens no Instagram. A plataforma prioriza conteúdos que podem ser consumidos em segundos, o que aumenta as chances de engajamento espontâneo e viralização. O ROI dos vídeos curtos, de acordo com um estudo da Wyzowl, é 30% superior ao de formatos mais longos, justamente por serem altamente compartilháveis e, ao mesmo tempo, extremamente eficientes para transmitir mensagens concisas.
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Para as marcas, a adaptação ao conteúdo de vídeo curto não é mais uma escolha, mas uma necessidade. “Os vídeos curtos têm o poder de transformar um produto em tendência praticamente da noite para o dia”, afirma Sarah Smith, diretora de marketing da consultoria Social Bakers. Comparado ao conteúdo mais longo, como vídeos de YouTube ou transmissões ao vivo que exigem maior dedicação de tempo, o formato curto permite que as marcas entreguem uma mensagem impactante em uma fração do tempo, o que é essencial para o público com tempo limitado e interesses diversificados.
Além disso, a ascensão do formato curto está conectada a uma mudança cultural: consumidores, especialmente da Geração Z e Millennials, tendem a preferir conteúdos interativos e personalizados, que falam diretamente aos seus interesses e valores. A Accenture Interactive aponta que 62% dos consumidores nessa faixa etária sentem uma conexão emocional maior com marcas que usam vídeos curtos para comunicar suas mensagens, reforçando o apelo emocional desse tipo de conteúdo. Comparado a formatos de mídia tradicionais, essa conexão emocional se traduz em uma probabilidade 50% maior de conversão, segundo análise da HubSpot.
Outro fator de peso é a função do algoritmo no alcance dos vídeos curtos. No TikTok, por exemplo, o conteúdo é promovido com base na interatividade, o que torna vídeos virais de maneira orgânica muito mais frequentemente do que em outras plataformas. De acordo com Scott Galloway, professor de marketing da NYU Stern, “o TikTok não é apenas uma plataforma de mídia, mas um laboratório em tempo real para testar conteúdos”, e esse poder de viralização cria uma vantagem massiva para marcas e criadores de conteúdo. A comparação com o YouTube, que ainda é fortemente orientado por buscas, evidencia o quanto o TikTok usa algoritmos para promover o consumo de vídeos curtos de forma direcionada e estratégica.
Por fim, à medida que a publicidade digital evolui, o conteúdo de vídeo curto continuará dominando como um meio de entrega de valor tangível para empresas de todos os portes. A eficiência do ROI em vídeos curtos comprova que essa modalidade de conteúdo não é uma moda passageira, mas uma tendência enraizada em novos comportamentos digitais e que continuará a moldar o marketing e a comunicação das marcas com seu público.