Compromisso Inegociável
Na última semana a Think Eva lançou (finalmente!) o estudo Compromisso Inegociável.
A Think Eva existe há dois anos e meio e cresceu no meio da ebulição do diálogo entre marcas e empoderamento feminino. Nosso trabalho como consultoria de comunicação para marcas e agências nos ofereceu um olhar de dentro do mercado. Apesar de satisfeitas pelo assunto ter chegado ao mainstream, ainda existe um receio sobre como essa conversa está sendo conduzida e qual é o real impacto que estamos deixando na vida das mulheres.
O estudo Compromisso Inegociável foi feito a partir de uma ampla pesquisa histórica e traz um olhar consistente sobre todo esse cenário. Construímos uma análise profunda sobre a história do marketing e a conquista das mulheres em diversos países. E explicamos também como essa relação antagônica ignorou a luta feminina e limitou as possibilidades para as mulheres.
Jamais tivemos a pretensão de trazer fórmulas prontas, já que as mulheres sempre foram retratadas dessa maneira, com fórmulas e estereótipos nocivos.
Além do desk research, nós também contamos com a inteligência e os diferentes olhares de mulheres incríveis que concederam entrevistas para o nosso estudo:
ENTENDER O PASSADO PARA DESENHAR O FUTURO
O mercado de comunicação tende a lavar as mãos quando falamos da responsabilidade dos comunicadores sobre o conteúdo que colocam no mundo. Muitos ainda acreditam que o marketing apenas reflete a sociedade em que está imerso. Para as marcas que querem garantir seu lugar no futuro, esse pensamento não é mais relevante. O marketing faz parte da cultura e não é apenas um reflexo dela. Ele cria jargões, perpetua e normaliza situações. Em um país onde metade da população brasileira se declara parda ou negra, nós ainda temos uma comunicação extremamente branca e eurocêntrica. Se o marketing fosse apenas uma reflexo da sociedade, nós veríamos muito mais diversidade de pessoas e vivências.
2017 UMA REVOLUÇÃO DE SANGUE SUOR E PIXELS
A internet ofereceu aos públicos minorizados um alto falante e hoje nem as marcas nem a sociedade podem seguir ignorando suas demandas.
Esse momento vem sendo gestado há uns três anos e, tendo a internet como catalisador, as mulheres começaram a demonstrar sua insatisfação com as representações sexistas a que sempre foram expostas. Elas querem ser reconhecidas como cidadãs e não apenas como consumidoras. Já que o marketing quer se relacionar com seus consumidores de maneira íntima e emocional, é natural que esse público o responsabilize e exija uma postura cada vez mais humana.
E é por isso que nós acreditamos que o feminismo não é uma causa conveniente, ele é um compromisso inegociável que deve se refletir em todas as áreas da empresa.
Entender esse momento é garantir o lugar da sua marca no futuro. É pensar de maneira estratégica e inovadora. É começar hoje o legado da sua marca e criar um impacto real na vida de suas consumidoras. Vem com a gente?
Nana Lima é cofundadora da Think Eva e diretora de projetos da Think Olga.
Marketing | Branding | Reputação | Experiência do Cliente | Endomarketing | Clima e Cultura Organizacional
7 aNana Lima achei seu artigo incrível. Sempre admirei pessoas com atitudes que rompem com os modelos de pensamento aos quais estamos acostumados, porém não deveriam ser considerados corretos, justos... Mensagens como esta passada através do seu trabalho me inspiram. Muito porque não sou pouco entendida desse assunto e não saber dialogar sobre, então, pessoas que fazem isso com destreza têm o meu respeito e me orgulham. Outra parte importante é que pessoas como você ensinam pessoas como eu sobre temas tão importantes. Com certeza um belo propósito de vida.
Design Specialist @ Ana Couto
7 aJulia Resende Fernanda Salgado ;)
Product Data Analyst en Glowmade
7 aAcompanho o ThinkEva desde seu início e acredito que este estudo seja fundamental para evidenciar as consequências mercadológicas do crescimento da discussão sobre feminismo. Há uma dinâmica diferente em movimento:se antes as mulheres nos espelhávamos em modelos estéticos e de comportamento lançados pela mídia, agora são os veículos que se esforçam para entender as diferentes concepções de beleza, bem estar e feminilidade - que são plurais quanto as formas de identidade. Obrigada por este belo trabalho!