A comunicação como função estratégica: o papel ativo dos conselheiros
A comunicação corporativa vem ganhando cada vez mais relevância no contexto dos negócios contemporâneos. Mais do que uma função periférica, ela deve ser vista como elemento central da estratégia organizacional. Conselheiros pró-ativos têm função vital para assegurar comunicação eficaz que gere valor ao negócio.
O universo de stakeholders que as empresas precisam engajar cresceu exponencialmente. Funcionários, clientes, investidores, imprensa, comunidades locais, órgãos reguladores, ambientalistas e a sociedade como um todo demandam não apenas desempenho econômico, mas propósito, ética e impacto positivo.
Ignorar a comunicação é caminho certo para desconexão, crises e destruição de valor. Já estratégias sólidas podem gerar engajamento, reputação, intangíveis valiosos e vantagem competitiva sustentável.
A comunicação corporativa é muito mais que divulgação de fatos ou propaganda. Ela entranha todos os pontos de contato da organização com seus diversos públicos. Como essas interações são conduzidas define a percepção que se cria sobre a empresa.
Por isso, a comunicação não deve ser vista como apêndice ou depois do fato. Ela precisa estar incorporada no planejamento estratégico e na cultura organizacional. Conselho e executivos precisam atuar alinhados nessa agenda crucial.
O conselho tem a obrigação de assegurar que a organização se comunique de forma ética, transparente e consistente. Isso inclui adotar linguagem clara sobre propósito e valores; transmitir mensagens alinhadas em todas as interfaces; e evitar ações que contradigam o discurso.
O Valor Intangível da Reputação Empresarial e suas Marcas: O Papel Vital do Conselho Consultivo
A reputação de uma empresa e suas marcas representam ativos intangíveis de valor substancial no cenário empresarial contemporâneo. Estima-se que 90% do valor de mercado das empresas de capital aberto está ligado à seus ativo intangíveis. Embora frequentemente utilizados de forma intercambiável, é crucial destacar as distinções entre reputação e marca, compreendendo o papel crítico que cada um desempenha, enquanto reconhecemos a importância fundamental do conselho consultivo nesse contexto.
A reputação empresarial transcende a simples percepção externa; ela é um reflexo da integridade, ética e responsabilidade social da empresa. É como a organização é percebida por seus stakeholders, incluindo clientes, investidores, funcionários e a comunidade em geral. A reputação é forjada ao longo do tempo por meio de ações consistentes, transparência e compromisso com valores sólidos.
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Por outro lado, a marca refere-se a elementos mais tangíveis, como nome, logotipo, design e mensagens associadas a produtos ou serviços específicos. Enquanto a reputação é uma avaliação global da empresa, a marca está mais relacionada a produtos ou linhas específicas. No entanto, ambos estão intrinsecamente entrelaçados, já que a forma como uma empresa gere sua marca influencia diretamente sua reputação.
A gestão eficaz desses ativos intangíveis é crucial para a sobrevivência e o sucesso a longo prazo de uma empresa. A reputação positiva não apenas atrai clientes leais, mas também facilita parcerias estratégicas, atrai talentos e cria uma vantagem competitiva duradoura. Da mesma forma, uma marca forte contribui para a fidelidade do cliente, promove o reconhecimento no mercado e sustenta a diferenciação em um ambiente cada vez mais competitivo.
É aqui que o conselho consultivo emerge como um elemento-chave na equação. O papel do conselho vai além da simples supervisão; ele deve ser um defensor ativo da construção e manutenção de uma reputação sólida e marcas robustas. Conselheiros bem informados e estrategicamente alinhados podem orientar a liderança executiva na tomada de decisões que impactam diretamente a reputação da empresa.
Em momentos de crise, o conselho consultivo desempenha um papel vital. A rápida resposta a situações desafiadoras, a transparência na comunicação e a implementação eficaz de planos de gerenciamento de crises são fundamentais para proteger a reputação. Conselheiros experientes podem oferecer insights valiosos e aconselhamento estratégico para mitigar danos e acelerar a recuperação.
No entanto, a gestão da reputação e das marcas não é apenas reativa. Conselheiros proativos trabalham em colaboração com a liderança para desenvolver estratégias de longo prazo que fortaleçam esses ativos intangíveis. Isso inclui a definição e a promoção consistente dos valores da empresa, a participação em iniciativas sociais responsáveis e a manutenção de práticas éticas em todos os níveis da organização.
Estudos indicam que empresas com reputações sólidas podem ter um custo de capital mais baixo e uma capacidade aprimorada de atrair investimentos. Da mesma forma, marcas bem gerenciadas têm um impacto direto nas decisões de compra dos consumidores. Portanto, investir na gestão estratégica da reputação e das marcas não é apenas uma consideração ética, mas também uma decisão pragmática para garantir o sucesso a longo prazo.
Em um ambiente de mudanças e incertezas crescentes, nenhuma organização pode dar-se ao luxo de relegar a comunicação a um plano inferior. Conselheiros preparados e antenados a esta realidade são aliados indispensáveis para que as empresas se comuniquem de forma estratégica, consistente e alinhada a seus propósitos. Assim, transformam a comunicação em verdadeiro ativo intangível, gerando valor e perenidade aos negócios.
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Excelente artigo, parabéns Renato de Faria e Almeida Prado
Renato de Faria e Almeida Prado seu artigo sobre a comunicação como função estratégica e o papel dos conselheiros pró-ativos é de grande relevância no contexto do PFCC - Programa de Formação e Certificação de Conselheiros da Board Academy Br. A comunicação desempenha um papel crucial na construção e na gestão da reputação e marca de uma organização.