A comunicação como peça fundamental para o trabalho em equipe
Na última sexta-feira (19), fizemos uma prática diferente com o time comercial na leadlovers: uma dinâmica envolvendo boardgame online + uma conversa.
A ideia do boardgame é trabalhar a mentalidade ágil, ou seja: trabalho em equipe, autonomia, habilidades, melhoria contínua, comunicação etc.
Iniciei a dinâmica explicando como o jogo funcionava, depois disso, separei a equipe em dois times, cada um com um Scrum Master, que era responsável por conduzir e apoiar o jogo com seu time.
Durante o jogo, percebi vários pontos interessantes e, ao finalizarmos o tempo (e não o jogo), trouxe todos de volta para a mesma sala para conversarmos.
Algumas dificuldades foram levantadas. Dentre elas, destacamos a comunicação como vencedora.
Com isso, emendamos uma conversa sobre a metáfora da girafa e do chacal, que é trabalhada quando se fala de Comunicação Não Violenta.
A girafa é a linguagem do coração, ela representa a visão do todo e essa linguagem remete a quando eu me preocupo com o contexto do outro e considero as necessidades dele e não apenas as minhas. É quando flexibilizo meu discurso de modo que a mensagem seja mais bem transmitida, dou importância ao que o outro precisa e não apenas ao que eu quero.
Por outro lado, o chacal representa a exigência, imposição das minhas necessidades para o outro, comunicação com barreiras e pouca compreensão, discurso carregado de críticas e julgamentos, o que torna um relacionamento desgastante.
Iniciamos uma reflexão sobre:
- Qual percentual de chacal e de girafa temos em nossa comunicação?
- Em que momentos usamos a linguagem da girafa e do chacal?
- Será que nossa mensagem está sendo realmente entendida pelo outro?
Por fim, trouxe alguns passos para sair de um ciclo vicioso de má comunicação, que consiste em mapear seu ciclo, extrair insights dele e tomar decisões de mudança.
Enquanto emissores de uma mensagem, somos responsáveis por nos preocupar que a comunicação seja fluida e bem entendida. Se o outro não entende o que eu estou propondo, eu preciso adaptar meu discurso, envolver a pessoa no contexto e observar o resultado da comunicação. É assim que vivemos a linguagem da girafa na prática do dia a dia. Sem acusações ou julgamentos, mas com criação de conexões.
Depois que encerramos a dinâmica, passei a refletir sobre outros pontos importantes que permeiam a boa comunicação.
Cheguei à conclusão de que não há como se comunicar bem se, antes, você não ouve bem.
Não dá para desejarmos que o outro nos dê ouvidos sem antes nós darmos ouvidos ao que nos é falado.
Quando recebo uma instrução, será que estou prestando atenção ao que está sendo falado ou estou fazendo várias coisas ao mesmo tempo ou, ainda, preparando a resposta “na lata” ao invés de apenas ouvir? É a tal da escuta ativa. Difícil de se aplicar, afinal, nos sentimos pressionados a ter respostas prontas para tudo. A verdade é: não precisamos. Está tudo bem assumirmos que não temos a resposta no momento. Isso é libertador.
Precisamos vestir o chapéu da humildade e assumir que somos seres falhos e precisamos, acima de qualquer coisa, buscar autoconhecimento para entendermos como e por que fazemos o que fazemos. Assim, conseguimos identificar os pontos de melhoria e trabalhar neles para, então, darmos os primeiros passos para sermos pessoas – e profissionais – melhores.
Foi um ótimo encontro, tanto para sair um pouco da rotina, quanto para aprendermos mais em conjunto sobre como a comunicação assertiva é um instrumento poderoso no trabalho em equipe. Arrisco dizer que é a peça-chave para qualquer time trabalhar com excelência.
Coordenadora de Inteligência Comercial na Logcomex | Sales Intelligence | Estratégia de prospecção
3 aMuito obrigada pela dinâmica Ely. Foi enriquecedora
Muito amor! Vocês são incríveis! ♥