Comunicação Corporativa, Cultura Organizacional e Reputação Institucional

Comunicação Corporativa, Cultura Organizacional e Reputação Institucional

Compartilhamento de Aprendizados – Módulo: Estratégias de Comunicação Corporativa, Programa de Formação e Certificação de Conselheiros (PFCC) da Board Academy Br com Daniel Medina Farias Souza, BOARD e Marcelo Simonato, BOARD

 

Como é desafiador tornar comum uma informação, um sentimento, uma emoção...afinal, segundo Rita Marchi, comunicação é a representação de uma realidade, não de todas as realidades. Conceito brilhante.

Sempre tentarei articular os temas do Programa com maturidade. Durante as reflexões que este tema trouxe, nota-se uma diferença importante dos propósitos de se comunicar e é diretamente proporcional a maturidade das pessoas e organizações.

Atuo desde 2001 na Comportamento Psicologia do Trabalho , iniciei como estagiário e toda minha carreira foi na esteira da consultoria e noto que a comunicação, seu propósito e a forma, tem simetria com a maturidade. Seguem alguns exemplos com base nos Estudos do @Energy Institute:

Situação 1) Empresas menos maduras tem o processo de comunicação pautado em problemas e em um tom de solicitação ou de cobrança para que os trabalhadores não criem ou aumentem as situações. Isto quer dizer que há uma aversão a gestão de riscos, ou seja, a compreensão sobre risco é negativa ou mesmo sinônimo de ocorrências, de situações desagradáveis, de acidentes. Desta forma, normalmente, mata-se o mensageiro e a gestão se apoia na sorte ou somente no pensamento positivo. Mas sabe-se que pensamento positivo é ótimo, porém sozinho não gerencia riscos. Precisa-se evitar o bater na madeira e agir, todavia, nestas empresas isto não ocorre.

Situação 2) A transmissão de informações ocorre com frequência após incidentes considerados relevantes. A liderança faz eventos, campanhas e o famoso “Dia D” convocando todos os colaboradores e passa, muitas vezes, horas conversando. Logo após o clima estabilizar, não houver recorrências a energia diminui e as ações são sempre de cunho reativo, normalmente vivendo o “efeito cerrote” em relação aos resultados. Este contexto fragiliza o processo de segurança psicológica e tende a aumentar a fadiga na relação entre os líderes e também com os liderados em geral.

Situação 3) A da empresa compartilha várias informações com os trabalhadores e realiza iniciativas com frequência e sistemática. O protagonismo é do líder, onde ele fala e tem um discurso forte, contudo não há um espaço de troca de informações. Na verdade, há uma preocupação que todos tenham conhecimentos sobre os fatos, mas como não existe um ambiente de diálogo, de mão dupla, não tem práticas de verificação da compreensão sobre as ações corporativas.

Situação 4) A empresa e os líderes tem práticas de comunicação de mão-dupla clara e frequente sobre diversos temas que afetam ou podem afetar a reputação institucional, ou seja, cenários bons e ruins. Há práticas interessantes de fluxo de informação da base operacional para a administração da empresa, algumas empresas já conseguem receber mais informação da base operacional do que fornecem. Quando passam por situações mais críticas, difíceis criam ambientes seguros para gerar aprendizados com os erros e as pessoas, mesmo frustradas, decepcionadas não culpam e não se sentem culpadas, porém se sentem responsáveis em mudar a rotina para esta experiência não volte a ocorrer.

Desta forma, finalizo que citando o Elliot Schreiber sobre o conceito de reputação: é um ativo intangível obtido por meio da criação de valor para cada um de seus stakeholders, e o risco reputacional é o resultado de não entregar esse valor. O risco reputacional está pode ser catastrófico para as empresas, raramente permitindo a recuperação e, mesmo quando é possível, os custos podem ser muito elevados e impraticável.

Fica claro que competência em sem comunicar tem efeito direto sobre a reputação da empresa, afinal é reflexo da maturidade moral e da cultura organizacional. Na prática, a análise do processo de comunicação corporativa consegue ilustrar características profundas do clima e da cultura da empresa.

Até a próxima,

Odilon Cunha Jr.

Aluno do Programa de Formação e Certificação de Conselheiros da Board Academy, turma 19.

 

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Farias Souza, BOARD

LinkedIn Top Voice | Conselheiro de Conselheiros | CEO - Presidente | Lifelong Learner | Investidor e Empreendedor Serial | Crescimento e Inovação | Mentor de Negócios | Apaixonado por Pessoas e Negócios

9 m

Sensacional Odilon Cunha Jr 👏🏼👏🏼👏🏼

Obrigado Odilon Cunha Jr por no citar! Nós que agradecemos e ficamos gratos em poder fazer parte do seu enriquecimento pessoal e profissional!

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