A comunicação interna da sua empresa tem agregado à cultura de pertencimento?
A comunicação interna pode ajudar a transformar o cenário de diversidade do mercado, aqui te damos uma ideia de como começar.
O crescimento da cultura de pertencimento foi um dos tópicos abordados no State Of The Sector 2023, relatório global sobre tendências da comunicação interna. A pesquisa mostra que 74% das empresas entrevistadas acreditam que o propósito da comunicação interna é apoiar a cultura de pertencimento.
Percebemos que as pessoas estão buscando ter, cada vez mais, voz e espaços para falar sobre as pautas que impactam suas vidas. E em algumas empresas é possível perceber movimentações dessa cultura, seja com ações inclusivas, desenvolvimento de áreas de diversidades, ou mesmo a criação de grupos de conversa voltado ao tema.
A inquietação tem gerado esse movimento. Hoje, por haver o questionamento de pessoas engajadas em assuntos que debatem diversidade, conseguimos notar mais diálogo entre os profissionais e empresas. E para que esses movimentos sejam fortalecidos, é essencial que todos nós entendamos a necessidade e importância de projetos que institucionalizam a cultura inclusiva. Mas afinal, o que é essa tal cultura do pertencimento?
Instrumento para fortalecer essas vozes
Trabalhar uma cultura de pertencimento é incentivar a troca e escuta das experiências de funcionários que se identificam a grupos de minorias, como: Pessoas Com Deficiência (PCDs), LGBTQIA+, negros, indígenas ou outras denominações de etnia que fujam da denominação branca, mulheres, pessoas de baixa renda ou idosos.
A diversidade, equidade e inclusão (DEI), são conceitos cada vez mais valorizados no ambiente corporativo. Ter uma cultura que valoriza e respeita as diferenças é essencial para a criação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Nesse sentido, os valores e comportamentos dos colaboradores e a comunicação interna desempenham um papel fundamental.
A comunicação interna tem o poder de fortalecer essa conexão entre colaboradores e empresas ao ser um facilitador para as partes, proporcionando diálogos da diretoria e lideranças com os colaboradores. Por meio de uma comunicação efetiva, as empresas podem estimular um ambiente inclusivo e acolhedor, onde os funcionários se sintam valorizados e respeitados, o que ajuda no fortalecimento da marca empregadora, e a se tornar um lugar de desejo no mercado de trabalho.
Para que a comunicação interna apoie a cultura de pertencimento e sua empresa comece a desenvolver uma área de diversidade, acreditamos que é preciso considerar algumas práticas:
Escuta das pessoas e grupos diversos: para alcançar uma cultura inclusiva a todas as diversidades, é indispensável a escuta, ciência e consideração da opinião dessas pessoas, por isso, pesquisas, consultas internas e eventos de diversidades são necessárias nesse processo
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Ações afirmativas: a área de CI pode ajudar na construção de estratégias para ações afirmativas para a inclusão, como nas contratações destinadas a pessoas desses grupos.
Incentivo ao diálogo: a comunicação interna também deve incentivar o diálogo entre os colaboradores. Isso pode ser feito através de fóruns, grupos de discussões, ou outras iniciativas que criem espaços para que os colaboradores possam expressar suas opiniões e discutir ideias.
Equidade: é importante que a comunicação interna seja equitativa, ou seja, que os colaboradores tenham acesso às mesmas oportunidades e informações, por meio de uma segmentação planejada, onde a comunicação não é cansativa, mas sim positiva ao seu trabalho e desenvolvimento.
Foco no bem-estar emocional: a comunicação interna deve ser sensível ao bem-estar emocional dos colaboradores, oferecendo suporte e informações relevantes a cada grupo para lidar com situações difíceis. Isso pode incluir a divulgação de programas de saúde mental, informações sobre benefícios ou iniciativas de bem-estar.
Sensibilidade Cultural: as empresas devem ter em mente as diferenças culturais entre seus colaboradores e adaptar a comunicação para garantir que todas as mensagens sejam compreendidas de maneira igual. Isso pode incluir o uso de diferentes linguagens ou a adoção de símbolos e imagens que não excluam nenhuma cultura ou crença.
Dados internos de diversidade: entenda a fundo como estão indo suas ações e contratações na prática, analise se sua empresa tem dado apoio ao público de todas as diversidades. Para isso, os dados vão ajudar de maneira analítica.
Quando a comunicação interna apoia a cultura inclusiva está ajudando a gerenciar a diversidade. Esse cuidado da empresa com seu colaborador é muito positivo, principalmente para a evolução da inclusão no mercado de trabalho, mas também para o desenvolvimento da auto estima profissional desses colaboradores. Consequentemente, a empresa conquista funcionários mais engajados, motivados e leais à empresa, o que se traduz em melhor desempenho e produtividade. Além disso, a inclusão e a diversidade se tornam parte da cultura da empresa, contribuindo para uma imagem positiva junto à sociedade.
A comunicação interna pode ser uma ferramenta agregadora no desenvolvimento dessas práticas. E para isso, ela deve ser transparente, equitativa e sensível às diferenças culturais, emocionais, raciais e de gênero dos funcionários, onde a escuta e o diálogo são recorrentes na dinâmica da empresa. Dessa forma, as organizações podem criar um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados.