Comunicação que Comunica Ação

“Para uma comunicação eficaz, devemos compreender que somos todos diferentes em nossa percepção do mundo e usar esta compreensão como guia para nossa comunicação com os outros”


Relatório de estudo “WebQuest” baseado em texto de autoria de Mário Persona, apresentado ao curso MBA em Gestão de Projetos da Anhanguera Educacional - Unidade Campinas II, como trabalho de aproveitamento da Disciplina Gestão do Conhecimento sob orientação do Profº. Teodoro Guimarães, 2008

  Através do relato da experiência do próprio autor em ter em seu filho adotivo uma pessoa especial, no modo de viver e se comunicar, uma pessoa privada de sentidos “normais” , o texto se desenvolve no exercício diário de obter da comunicação um produto: entender e se fazer entender, explorando todos os componentes do processo comunicativo o que leva a uma ação – Segundo palavras do autor, “entendi melhor que as diferenças nem sempre são deficiências”.

Assim, ao se pretender estabelecer uma comunicação, a percepção, ou “a capacidade de interpretar corretamente o outro” deve ser exercitado e praticado para que o objetivo final da comunicação – a ação - seja alcançado.

A percepção para a comunicação eficiente é, ao longo do tempo, contaminada por preconceitos estabelecidos ao longo do tempo que atrapalham a interação entre todos os constituintes da comunicação, ou seja, elementos como emissor (quem exprime uma ideia), o receptor (quem recebe – e responde à ideia recebida), o meio (físico ou não, por onde as ideias são expressas), e a mensagem propriamente dita, o conteúdo mais importante do processo.

Neste caminho a mensagem pode sofrer ruídos ou interferências que atrapalham a “comunicação”. No sentido da palavra, o esperado é a resposta enviada pelo receptor da mensagem em forma de ação, e se a mensagem não for bem descrita ou sofrer interferências neste caminho,

Entende-se comunicação não só a fala ou a escrita, mas também todos os outros elementos, humanos ou materiais envolvidos no processo de comunicação. Assim, além do corpo humano, com seus gestos, também cores, formas, formatos, imagens, enfim, tudo “o que geramos ou recebemos” comunica algo sobre o que o gerou, seja uma pessoa ou empresa.

Entendendo isso, é fundamental perceber que a comunicação tem que ter sua coerência em todos os sentidos, e a mensagem seja completa e coerente, quanto aos geradores paralelos de estímulos, não deixando dúvidas quanto aos objetivos. Em suma, em comunicação empresarial, por exemplo, não adianta um discurso ou slogan bonito se as atitudes da empresa ou dos funcionários não condizem com a realidade do que se pretende comunicar.

Da mesma forma, todos os sinais, emitidos e captados devem se estabelecer em um mesmo sincronismo, analogamente à comunicação das máquinas. E indo mais além com a capacidade de entrar em uma mesma frequência, ou utilizando uma expressão francesa,  Rapport

Ao se lembrar do desafio de se comunicar com seu filho, uma criança com lesão cerebral, deficiência visual, falta de coordenação, o autor pôde entender que o esforço da comunicação tinha que ser dele, e não de seu filho, que nascera assim e, portanto, seria necessário da parte dele o esforço da comunicação, de se “construir uma ponte” entre esses dois mundos.

A experiência da comunicação, para eles (pai e criança) não se resumia à mensagem transmitida, e sim a um “relacionamento de comunicação” , era mais do que uma mensagem, era uma relação de troca, de se entender e se fazer entender.

Essa postura “diferente”, este “propósito de longo prazo” entra em choque com a cultura imediatista de busca de resultados e satisfação imediata, mesmo com a maior quantidade de informação disponível do que em gerações passadas, pois as pessoas não estão aptas a escutar.

as melhores ações de comunicação são o fruto de oferecer algo a alguém, sabendo que isso irá beneficiar de algum modo, a outra pessoa.”

Quem se comunica deve entender que primeiramente deve “dar” algo a seu interlocutor, antes de pensar em receber algo em troca. Deve também estar disposto a entender os sinais que recebe, seja pelo aprendizado da lingua do outro, seja entendendo os sinais visuais ou outros sinais – lembrando se que “tudo se comunica”

As condições para uma boa comunicação estão intimamente ligadas à definição pessoal do quanto quer se envolver e o quanto se quer ser envolvido, ou seja, imaginando como em um jogo de pingue pongue, o esforço na comunicação deve ser feito para que a bolinha (mensagem) permaneça na mesa por mais tempo, com a dose certa das raquetes, evitando-se que saia do jogo ou caia na rede (a interferência, o ruído).

A comunicação, portanto, independe da cultura dos interlocutores, ou do ambiente. Depende da vontade de querer transmitir uma idéia e alegrar-se por ela poder ser entendida, ou percebida, nem sempre com palavras, mas com a AÇÃO.



BIBLIOGRAFIA

PERSONA, Mário. Comunicação que Comunica Ação,. Revista GC Brasil, nº 5, Artigo 1, p. 7 a 13-103, 2007.

 PERSONA, Mário , Site pessoal na Internet,. Disponível em <http://www.mariopersona.combr > - Acesso em 26/09/2008

 

 

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