Considerações sobre o Coaching - Desvendando Seus segredos!

O que sabemos a respeito de nosso cérebro é que ele não é estático. Nosso cérebro tem a capacidade de criar novas conexões e caminhos neurais todo o tempo, e quando mudamos nossos pensamentos, essas vias neurais mudam também.

No coaching, utilizamos ferramentas e técnicas que promovem a neuroplasticidade, ou seja, ao compreendermos nossos pensamentos e irmos em lugares desconhecidos, podemos criar novos circuitos de crenças e pensamentos antes enraizados, que desencadeiam comportamentos e sentimentos que limitam e ferem internamente.

Ou seja, o coaching quando bem aplicado, pode verdadeiramente, mudar o cérebro!

Durante o processo, modificamos nossa maneira de pensar pois escolhemos novos comportamentos e práticas, e com isso, novas redes neuronais se formam, alterando a paisagem do cérebro. E assim, conseguimos criar novos hábitos e comportamentos de fato.

E por mais que existam diversos modelos de coaching, e milhares de formas de aplica-los –cada profissional terá uma percepção e experiência de condução de processo – há alguns estágios que considero a coluna central fundamental para todo e qualquer processo.

1 – Consciência – se o processo não for capaz de desafiar a maneira original de pensar, não conseguiremos questionar nossas formas conscientes e inconscientes de interagir com o mundo, a partir de um lugar ausente de ego.

2 – Entendimento – por meio do coaching, podemos nomear e definir os problemas reais, concentrando-se em uma peça por vez, separando o fato dos sentimentos, e aprendendo a lidar com ambos.

3 – Escolhas – o processo nos permite olhar, compreender e explorar as possibilidades que se apresentam do outro lado das crenças que nos acompanham há muito tempo. Sem medo e sem limites, somos capazes de criar e escolher novas formas de perceber o mundo interno e externo, promovendo novas formas de pensar e se comportar.

4 – Ação – somos seduzidos a nos comprometer com planos e práticas energizantes, que reafirmarão a apoiarão nossa forma desejada de agir e pensar.

O grande problema da maioria das pessoas que busca um processo como o coaching é a tendência a pular etapas e chegarem, sem muita substância e autoconhecimento, na fase da ação. São criados planejamentos com a esperança de que novas metas despertem, por si só, a energia que falta na vida.

Isso acontece pois quando a pessoa está diante das mudanças, já passou por grandes perdas de todas as formas, e são dominados pela ansiedade em acabar com a dor emocional e desgaste que os antigos pensamentos e crenças geraram.

E ações sem consciência, entendimento e escolha já nascem mortas!

Outro ponto importante, que quero abordar neste texto é a importância da escolha do momento certo para iniciar o processo e coaching, assim como a escolha do profissional que irá te conduzir nesta jornada.

Ter o coach adequado é o que permite que você veja por outra perspectiva, e que considere questões que não consideraria normalmente.

Um coach responsável estimula o autoconhecimento, auxilia no processo de aceitação e responsabilização da nova versão de si que surgirá. Ele confia em seu potencial, e não permite que você duvide desta.

Ao contratar um coach, além de compreender se você está disposto à dar estes passos em direção a transformação interna e externa, conheça o profissional e entenda se ele também busca o seu desenvolvimento pessoal de forma contínua. Isso não significa que ele deverá ser perfeito e que não ter problema algum na vida – mesmo porque, a vida é uma jornada e a perfeição não existe – mas um profissional que atua com desenvolvimento, deve, no mínimo se desenvolver constantemente.

Experimente o processo com este profissional, entenda se existe conexão e empatia com sua forma de atuação, se você se sente a vontade para o trabalho que será construído junto com ele, e além de tudo, desconfie de formulas milagrosas e corra de receitas para o sucesso! Isso não existe e destrói vidas!

Por mais que sejamos tentados a querer o caminho mais fácil e já pronto, cada processo é único e não existe certo ou errado quando falamos de desenvolvimento humano. Não existe mudança sem o mergulho e aceitação individual.

Certifique-se de estar completamente confortável antes da imersão, pois o coaching é muito mais do que um processo de mudança e de atingimento de meta, é um lugar onde você terá a oportunidade de explorar seus pensamentos, sentimentos e aspectos mais íntimos. É o momento de tirar a venda que te cega – ou cegou – durante muito tempo, e mais do que isso, é o que permite a capacidade de criar novas alternativas e possibilidades na vida.

Se você está se perguntando onde está o retorno do investimento – de tempo, dinheiro e energia – no processo de coaching, considere essas perguntas:

Quais são as coisas mais importantes para você? O que realmente te inspira e energiza?

Como você define sucesso?

Se você não tivesse fronteiras, como gastaria o seu tempo? O que você estaria construindo?

E quanto vale isso? Qual o esforço que tudo isso merece?

___________________________________________________________________

A autora: Vanessa Caramelo Rosolino

Vanessa é a idealizadora e fundadora da People Coaching e Desenvolvimento Organizacional.

Apaixonada pela vida e pelo desenvolvimento humano, acredita que todos os sonhos são possíveis!

Formada em Psicologia pela Universidade São Marcos, Pós-Graduada em Psicopatologia e Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Certificações em Alpha Assessment, Personal & Professional Coaching e Executive, Business & Leader Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching.

Experiência de 12 anos em atividades de Recursos Humanos, com implantação e desenvolvimento, com foco em Coaching, Orientação de Carreira, Diagnóstico Organizacional, Avaliação de Desempenho, Treinamento, Gestão de Conflitos.

Atuação em start-up, joint ventures e estruturação de atividades.

Desde 2008 é sócia proprietária do espaço Ulu Ana – Psicologia e Bem estar, onde atua como psicóloga clínica.

Idealizadora do projeto social de intervenção urbana Terapia na Rua, que além de propor encontros na rua baseados em uma escuta sem julgamento, questiona a forma como interagimos com nossa cidade.

Criadora do projeto social Os Anônimos, que por meio de fotografia e histórias contas, transforma os anônimos espalhados pelo mundo em protagonistas de suas próprias vidas e inspira a mudança, autoconhecimento e empoderamento.

Vanessa acredita que todos nós estamos conectados de alguma forma e que podemos ser exatamente tudo aquilo que queremos ser, mas para isso, antes de mais nada, devemos aceitar e acolher quem já somos.