Conteúdo: sinuca ou boliche?
Quando você pensa em produzir conteúdo (ou iniciar uma conversa, dá no mesmo), que tipo de jogo vem à sua mente? Sinuca ou boliche? Ficou em dúvida? Vamos pensar juntos:
Produzindo conteúdo como se fosse uma jogada de boliche
No boliche, procuramos derrubar todos os pinos com uma só jogada. Strike!
O mais crítico é o momento do lançamento (em inglês, pitch).
Aliás, pitch também é usado para designar uma apresentação feita para investidores (pitch deck), para jornalistas (release/sugestão de pauta) e em uma argumentação rápida, que caiba no curto espaço de um encontro no elevador (elevator pitch), entre outros.
Faz sentido usarmos o mesmo "pitch" como base para as conversas com todas essas pessoas? Sim! É claro que sempre devemos avaliar possíveis ajustes e adaptações a cada pessoa e meio de comunicação. Mas para conteúdos como os institucionais, por exemplo, a história que nós temos a contar é sempre uma só, com ênfases e nuances específicas para cada público.
Aliás, se contarmos uma história diferente para investidores e jornalistas, por exemplo, seremos acusados de inconsistência, incongruência ou algum-tipo-de-washing. É fria!
Derrubar vários pinos de uma vez é uma forma de otimizar o tempo dedicado à comunicação, maximizar o alcance de cada mensagem e, acima de tudo, garantir a consistência e a integração de todas as ações de comunicação.
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Então, devemos sempre procurar derrubar todos os pinos de uma vez? Não! Nem sempre. Aliás, sempre e nunca são palavras que devemos evitar. Quase sempre... Rss
A sinuca da comunicação
O que eu considero mais interessante na comparação entre sinuca e comunicação é que o resultado vem de uma reação.
O que importa não é para onde vai a bola branca (lançada por nós), e, sim, a trajetória da outra, impactada pela nossa ação (ou comunicação).
Outro ponto: mesmo que a jogada tenha como objetivo acertar várias bolas, pensamos em uma de cada vez, exatamente como devemos fazer com a comunicação.
Por fim, existe um efeito de rede que deve ser considerado, em que uma bola compartilha com as outras o movimento que nós iniciamos. Quem curte sinuca sabe que esse movimento de compartilhamento de energia não deve ser feito de forma descontrolada. Ele depende do nosso plano e da nossa provocação original. A única diferença é que, na sinuca, não existe vontade própria, livre arbítrio... Mas, na comunicação, se não conseguimos ter certezas, temos reações mais prováveis.
O que tem mais a ver com você? Sinuca ou boliche?
Jornalista, produtora e editora de conteúdo l revisora l branded content l comunicação corporativa
1 aPode ser tênis? Lança e recebe de volta.