CONTROLE EMOCIONAL
Jornal da Manhã

CONTROLE EMOCIONAL

João Ricardo Santos -j.ricardosantos@outlook.com - Academico de Engenharia Civil Católica de Joinville - Área de Atuação Gerencia de Infraestrutura da Agencia de Desenvolvimento Regional de Joinville - ADR de Joinville

João Ricardo Santos, com seu artigo “Controle Emocional” dá continuidade a serie de artigos que estamos divulgando com os estagiários da gerencia de infraestrutura da Agencia do Desenvolvimento Regional de Joinville. Empatia, gentileza, autoconhecimento e controle das emoções são as habilidades a serem desenvolvidas pelos profissionais que desejam possuir uma atitude baseada em controle emocional.

Resumo

Este artigo apresenta definições sobre o comportamento emocional das pessoas num ambiente corporativo, como conviver com estes sentimentos sem prejudicar a harmonia da equipe, e o quanto isso afeta para o desenvolvimento profissional alertando para a necessidade de desenvolver as habilidades para obter um comportamento emocionalmente equilibrado.

No mundo corporativo, o relacionamento interpessoal é fundamental para um ambiente harmonioso de trabalho, sendo que para sua manutenção é de suma importância que as pessoas inseridas nesse contexto saibam lidar com sentimentos naturais do ser humano como: raiva, vingança, ódio entre outros. 

 Com base no artigo da revista S/A: “Pequenos Contratempos”, que apresenta uma dissertação sobre o descontrole emocional, nele a autora Célia Leão cita as ponderações feitas por Daniel Goleman, autor do livro inteligência emocional, que fala sobre habilidades que um profissional deve ter para conquistar o sucesso na carreira com mais facilidade, entre elas é citada a empatia, gentileza, autoconhecimento e controle das emoções.

Não há possibilidade de desenvolvimento profissional sem que a pessoa tenha um bom relacionamento com seus companheiros de trabalho e gestor , ou seja, para o sucesso de uma corporação é imprescindível empatia entre seus colaboradores. Para um ambiente de trabalho harmonioso e propicio para as pessoas se desenvolverem profissionalmente, onde as grandes ideias surgem, uma das condições fundamentais portanto é o respeito mutuo e a colaboração, caso contrário este ambiente pode servir para inibir a criatividade do grupo.

Neste ambiente é normal que ocorram divergências, pois cada pessoa tem uma opinião diferente sobre determinado assunto, cabe a equipe “discutir” para chegar num senso comum, porém, sem perder o respeito. O fato de ser contrariado, muitas vezes pode gerar sentimento de raiva, ódio, pois nem sempre é fácil receber críticas, porém ficar alimentando tais sentimentos que aparecem no momento de fúria são maléficos a vida profissional, pois cabe a cada um ter o discernimento correto e tirar proveito desta situação, pois críticas construtivas são oportunidades das pessoas refletirem e crescerem profissionalmente.

“[...] podemos definir ira como a raiva incontrolável que se tem de alguém ou de alguma coisa, quase sempre seguida do desejo de vingança.” Leão (2014, p.104)

Pessoas descontroladas, que julgam ser donas da razão, sempre criando intrigas com os companheiros de trabalho, não aceitando críticas e ainda quando às recebem, levam nas para o lado pessoal, acabam causando desconforto na equipe. Esse tipo de conduta de pessoas com este temperamento, muitas vezes está relacionada a falta de argumento, sem ele, o destempero surge e nessas situações, pessoas com este perfil acabam perdendo totalmente a razão.

Portanto o que Goleman tenta transmitir é que no desenvolvimento profissional o sucesso passa por primeiro “Auto conhecer-se”. Não é a toa que o "Conhece-te a ti mesmo" é um aforismo grego que revela a importância do autoconhecimento, sendo uma frase bastante conhecida no ramo da Filosofia. Não há certeza absoluta em relação a quem foi autor desta máxima, mas há vários autores que atribuem a autoria da frase ao sábio grego Tales de Mileto.

Independente de seu autor o auto conhecimento revela uma necessidade de todos para que o aprimoramento e a lapidação do eu interior possa ser realizado também no ambiente de trabalho, uma vez que passamos boa parte de nosso tempo envolvidos nesta casa chamada empresa ou trabalho.

Muitas vezes nos identificamos com o jeito, forma e afeições de uma pessoa admirando seu intelecto, ou suas ideias. Tornar as pessoas afetas e cativadas por estes adjetivos é fazer com que tenham empatia pelo que se faz, pela forma como pensamos, portanto é uma construção interna em nosso modo de pensar e agir.

O simples fato de ser educado com os outros nos confere um dos requisitos da gentileza. O trabalho é um ambiente fértil e de grandes provações para que a gentileza seja colocada de lado.

Muitas vezes nos fechamos em nossos mundinhos pessoais e muitas vezes deixamos passar despercebidos as necessidades de alguém que esta na mesa ao lado, na ilha de trabalho, nos fornecedores em nosso rol de relacionamento de trabalho. Ser gentil vai além da cortesia e delicadeza, da amabilidade, cordialidade e sim ser capaz de perceber as necessidades de alguém ou retribuir algo que nos foi feito sem ser pedido. 

O controle emocional provem então deste conhecimento interior, sabendo explorar em cada uma das facetas variadas do trabalho uma conduta que seja coerente com valores universais que regem a vida em comunidade, neste caso o convívio em nosso ambiente de trabalho.

      Portanto, num momento de fúria, de total desequilíbrio emocional vale apena respirar fundo, contar até três e tentar resolver a situação da melhor maneira possível, pois se pararmos para analisar, o ambiente de trabalho é nossa segunda casa.

Referências

LEÃO, Célia; Pequenos Contratempos. Você s/a, n.197, p.104, nov.2014.

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