Convença pessoas = Aumente a inovação
Ultimamente me peguei pensando em quanto tornamos a inovação complexa. Conversando com algumas empresas para validar um novo projeto, fiz algumas constatações importantes que me levaram a refletir sobre a dificuldade que muitas organizações enfrentam ao promover uma cultura de inovação:
Essas dificuldades refletem a necessidade de criar uma cultura de inovação enraizada nas empresas. Porém, mesmo com a existência de diversas metodologias e ferramentas comprovadas, bem como inúmeros exemplos de empresas que obtiveram sucesso em inovação, muitas organizações ainda enfrentam problemas de engajamento dos colaboradores. Por quê?
Para encontrar respostas, decidi ouvir os "usuários" da inovação nas empresas: os próprios colaboradores. Meu objetivo era identificar os principais motivos por trás do baixo engajamento.
E não deu outra, grande parte dos colaboradores em que conversei, citaram o mesmo 'problema':
'Minha rotina de trabalho é muito sobrecarregada, não consigo dedicar tempo a inovação'
No entanto, percebi que essa resposta mascarava a verdadeira causa raiz. Foi então que cheguei à minha principal hipótese.
O principal papel das áreas de projetos ou inovação (ou qualquer nomenclatura que seja) é atuar como facilitadora, ou seja, ajudar para que as demais áreas da empresa desenvolvam inovação, e não desenvolver inovação para a empresa.
Ou seja, o objetivo principal das áreas de inovação é convencer pessoas e criar um caminho claro para que as iniciativas surjam através dos próprios colaboradores.
No entanto, questiono se realmente estamos atuando como facilitadores desse processo. Com frequência, a gestão da inovação é conduzida por meio da aplicação de metodologias, métodos e ferramentas, como Design Thinking, Design Sprint, OKRs, metodologias ágeis, gestão de projetos, entre outras. Essas abordagens são excelentes, mas muitas vezes esbarram na barreira da linguagem complexa e exemplos distantes da realidade dos colaboradores.
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Minha hipótese consiste em: os colaboradores não se engajam em iniciativas de inovação porque não enxergam como isso gera valor para o seu dia-a-dia de trabalho. A linguagem complexa e os exemplos distantes que utilizamos afastam os colaboradores e fazem com que eles não se sintam parte do processo de inovação da empresa. Essa falta de conexão resulta em uma cultura de inovação deficiente. Aqui cito todos os níveis organizacionais da empresa, desde o estratégico até o operacional.
O papel dos facilitadores tem que ser de fato fazer com que toda complexidade da inovação seja simples e prática, que qualquer um visualize de forma clara como isso vai ser aplicado e gerar resultados em aspectos micro, além do macro.
Vale ressaltar que apesar das conversas para validação, estou tratando toda essa tese como uma hipótese para meu novo projeto, e apesar de algumas coisas serem óbvias, outras ainda precisam de alguns experimentos para extrair aprendizado.
Estou desenvolvendo um MVP e compartilharei em breve os aprendizados dessa jornada por aqui. Inclusive se você atua na área de inovação de uma grande empresa e passa por essas dificuldades, seria um prazer trocar uma ideia com você. Fique a vontade para me chamar.
O que deixo como lição desse artigo é: Se você quer que os colaboradores sejam mais ativos no processo de inovação, você precisa convencê-lo, e com certeza a forma mais efetiva não é explicando uma metodologia complexa de inovação. Experimente simplificar.
Processos | Customer Success | Aceleração | CRM
9 mGabriel, obrigada por compartilhar .. 🙂
Product & Project Manager | Digital Product Leadership
1 aAmei o artigo! Depois compartilha mesmo esse projeto 😍