COP28: seis frentes de sustentabilidade que devem estar no radar das empresas

COP28: seis frentes de sustentabilidade que devem estar no radar das empresas

Diante da urgência da crise climática, a COP28 avançou nas discussões sobre conectar questões regulatórias a incentivos para que a iniciativa privada possa concretizar a transformação. Parte importante dessas soluções de transformação têm foco em nossa região, onde o Brasil é protagonista em termos de conservação das florestas tropicais e produção de etanol, por exemplo.

 A conservação e restauração de ecossistemas de água doce e uso urbano deste recurso esteve em evidência. Representantes do mercado afirmaram que as empresas ainda não estão mensurando adequadamente a água em seus relatórios financeiros e de sustentabilidade, demonstrando que o mercado ainda está imaturo na mensuração da água como fator de risco para a continuidade de suas operações. A economia circular da água é um caminho, com foco nos 5Rs: redução, reutilização, recuperação, reciclagem e reabastecimento.

 As florestas, especialmente as tropicais, são fundamentais para a concretização dos esforços de redução das emissões dos gases de efeito estufa, já que absorvem carbono quando crescem e se mantêm e liberam carbono ao serem degradadas ou desmatadas. Metade do PIB global depende direta e indiretamente da natureza e de outros serviços dos ecossistemas, portanto a conservação e restauração das florestas são positivas para a economia. Os biocréditos serão cruciais para que o setor privado possa impulsionar investimentos nesse sentido.

O hidrogênio verde (H2V) é uma das tecnologias mais promissoras para promover a descarbonização, apresentando três vezes mais energia do que a gasolina. A COP28 impulsionou discussões sobre incentivos para que a indústria migre em escala para essa tecnologia.

As empresas têm dificuldades para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, do Escopo 3, que são todas aquelas que dependem da mobilização da cadeia de suprimentos. Colaboração com fornecedores é crucial e, algumas empresas, já estão atuando fortemente nesse sentido, com ações que vão desde a exigência para que reduzam suas emissões, passando por redesenho de ofertas de produtos e serviços menos poluentes, até assistência técnica para fornecedores.

Sustentabilidade não pode mais ser encarada como área isolada, tendo em vista, por exemplo, que os custos de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas têm superado os de mitigação. Ou seja, a sustentabilidade deve estar no centro da estratégia e integrada a todas as áreas, mapeando os seus riscos e oportunidades em todas as áreas do negócio.

Excelente artigo, Jessé. Eu vejo a Sustentabilidade trilhando o mesmo caminho que a TI. Não importa o assunto, um profissional de Sustentabilidade precisa estar na sala colaborando com a solução.

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