Crescimento por meio de Fusões e Aquisições
Quando começamos a pensar se um processo de Fusão e Aquisição (M&A) pode representar crescimento para a empresa, a primeira pergunta que precisamos nos colocar é "por que"?
A Wharton University tem uma aula especialíssima que apresenta os mitos relativos à decisão de crescimento inorgânico, por meio da (às vezes) irrefletida decisão de aquisição de uma companhia.
Primeira constatação, óbvia quando se está de fora, é a que diz respeito à análise da empresa. Tanto o seu próprio potencial de crescimento quanto o da empresa a ser adquirida devem ser analisados. Se ambas já atingiram o máximo do seu potencial de crescimento e, especialmente, de exploração daquele mercado específico, talvez a união não seja uma boa ideia. Somar 100% com 100% trará o resultado equivalente a permanecer sem a fusão, considerando-se aqui que não exista qualquer capacidade de crescimento.
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No entanto, a análise de potencial da empresa a ser adquirida pode apontar bons indícios. Um deles, por exemplo, é chegar ao entendimento de que ela possui linha de produtos ou de serviços os quais minha empresa demoraria muito tempo a desenvolver, o que me levaria a perder espaço no mercado.
Definindo-se que haverá a possibilidade de se apresentar uma oferta de compra, há que se seguir para os próximos passos. Uma due diligence, financeira, de compliance e legal é fundamental. O relatório de due diligence deve apresentar as red flags de maneira muito clara.
Ter red flags, ou sinais vermelhos, não quer dizer automaticamente que há impedimento para que a negociação prossiga. Há que se proceder a análise de maneira transparente, o disclosure de todas as situações relevantes de serem feitas e formalizadas. Decidindo-se por seguir em frente, os contratos e termos de garantia a serem celebrados deverão dar conta da necessária segurança da operação.