A crise dos 40 anos dos médicos

Os médicos enfrentam desafios enormes em sua carreira. Tomo a liberdade de abordar aqui um dos mais frequentes.

Nossa formação profissional é longa e exigente. Curso médico e residência somam entre oito a onze anos, o que significa atingir uma especialização em torno dos 30 anos.

Com essa idade, quase todos os médicos já conseguiram atingir uma renda bastante alta para os padrões brasileiros, dando plantões ou empregando-se em áreas que nada têm a ver com sua especialização. É o momento em que a maioria se casa e assume responsabilidades familiares.

Mas um novo desafio aparece então: e a especialidade? A solução aparente é dedicar-se a alguma atividade acadêmica, poucas horas por semana, diga-se, ou auxiliar um profissional já estabelecido no setor. Ou, simplesmente, deixar a questão em aberto, o que ocorre muito neste nosso mundo tão pautado pela satisfação de exigências que exigem renda.

À medida que os anos passam, o cansaço e as desilusões se acumulam. Até quando virar noites em claro nos plantões? Até quando deslocar-se para uma periferia longínqua para trabalhar como generalista numa UBS? Até quando privar-se da convivência com os filhos? Como manter-se fiel à ideia de atuar na especialidade?

Ao longo da minha vida de educador, chefe de serviços e gestor, venho acompanhando esse cenário de perto, muitas vezes orientando diretamente aqueles que se sentem frustrados. Nos anos recentes, utilizando novo instrumental teórico desenvolvido na área de coaching, tenho conseguido resultados muito satisfatórios. A crise dos 40 anos dos médicos demanda, afinal, uma reflexão mais informada, que leve em conta competências, potenciais e valores. Reformular essa trajetória profissional é, em grande parte, refazer o plano de toda uma vida. Mas há luz no fim do túnel. Isso eu posso assegurar.

Marcia Oliveira

RH | Carreira | Treinamento | Desenvolvimento | PDI | Coaching | Orientação Profissional

6 a

Dr. Ruy, não somente para área médica, percebo que as instituições de ensino capacitam e instrumentalizam os profissionais de forma dissociada aos interesses, motivações e modelos mentais individuais. A escola não capacita o indivíduo para a autogestão de carreira, razão pela qual, há tanta insatisfação e sofrimento. Em geral, a pessoa só percebe quando já chegou a um limite, como relatou o Dr. Marcelo, limite o qual, muitas vezes, oferece muito risco e chega a impactar na saúde física do profissional. Nos veremos no dia 25! 

Ana Paulla Teixeira

Médica do Trabalho / Conselheira Consultiva Certificada / Palestrante /Escritora / Consultora

7 a

Excelebte texto colega Ruy. Caindo como uma luva... inspirador... Muito obrigada. Releituras obrigatórias.

Willian Soares dos Santos

Diretor | Vendas | Pesquisa Clínica | RWE e Analytics

7 a

Excelente artigo Ruy Bevilacqua!

Lorena Faro

Executiva em Saude - Medica Infectologista e Patologista Clinica

7 a

Parabéns pelo texto! Com tanta oportunidade no campo da tecnologia e ganhos nas rotinas assistenciais e analytics , novos e seniores profissionais médicos tem chances pra atuar em diversos campos bastando o interesse no conhecimento e resiliência para as tendências de mudanças.Certa que o planejamento e ferramenta primorosa para o sucesso!

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