Cronista-analista e o problema do jornalismo
Muitos analistas têm dito que o futuro acabou, que escrevemos somente para nichos (cada vez mais), mas me parece que estas análises são muito mais crônicas (no sentido do imediato do termo) do que de fato análises de tendências. E esse é o problema de jornalistas ocuparem o espaço de analistas.
Descrever o que acontecerá amanhã com base no que aconteceu ontem ou hoje é um problema, e formar opinião com base nessas leituras é outro.
Tomo como exemplo o que acontece com o futebol brasileiro neste século.
Tivemos forças e histórias que foram se sobrepondo umas às outras. E os fatores dos movimentos são mesmo vários.
No final da 1a década, havia o temor de que o SPFC se tornaria o grande clube nacional impondo uma hegemonia. Antes (e depois) a ideia do clube empresa também prosperou com o Palmeiras (nos anos 1990) e o Fluminense Unimed (2011-12) como grandes exemplos, mas nada prosperou.
Agora vivemos nos anos Flamengo e Palmeiras. O primeiro com a força da torcida e o segundo por conta da estabilidade de manter o mesmo técnico por 5 anos. Não se tornarão hegemônicos, porque a vinda das SAFs deve jogar novos players no cenário tumultuado do futebol brasileiro.
E, antes de encerrar o que não se encerra, deixo aqui outro gigante erro da mídia e dos torcedores. O Brasileirão é muito mais importante que a Libertadores.
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