A cultura da Falta

Desde pequenos, o esforço está em “consertarmos” aquilo em que não somos tão bons ao invés de potencializarmos o uso dos talentos e conhecimentos que são mais naturais para nós. Isso não significa que, em muitos momentos, precisaremos desenvolver competências em que sejamos apenas medianos a fim de atingir um objetivo. A questão é que os nossos pontos fortes, muitas vezes, acabam passando batido, subutilizados, diante da cultura da falta.

Segundo o livro, "Descubra seus pontos fortes" de Donald O. Clifton (2001), devemos administrar nossos pontos fracos e desenvolver nossos pontos fortes.

Como administrar?

Melhore um pouco seus pontos fracos;

- Implemente um sistema de apoio;

- Use os pontos para equilibrar/superar os pontos fracos;

- Encontre alguém para te auxiliar.

Como desenvolver?

- Procure testes de personalidade (DISC, MBTI, Teste de forças de Caráter, etc);

- Relembre sua infância (Analise/Pesquise);

- Onde você trabalha vem sendo pressionado?

- Reflita sobre sua vida;

- Solicite Feedbacks as pessoas.

No âmbito profissional, de acordo com Clifton, há diversos motivos pelos quais um profissional pode dizer ou perceber que não utiliza seus pontos fortes na execução de suas atividades, como:

- O colaborador pode sentir que não tem o talento para executar as suas funções ou a descrição da função é tão rígida e processual que ele sinta que não pode expressar o seu talento nela;

- Ele entende que tem o talento, mas não tenha o conhecimento e a habilidade, ou nota que tem muito mais a oferecer para a empresa.

- Ainda não tenha consciência de quais são os seus verdadeiros pontos fortes;

- Foi promovido para uma função a qual entende que a empresa não valoriza.

De acordo com o Instituto Gallup (empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos), apenas 20% dos profissionais sentem que usam seus pontos fortes todos os dias. Ou seja, até na vida profissional estamos sempre em busca de cobrir as nossas faltas e raras vezes potencializamos as nossas forças.

As empresas parecem ir nesse mesmo caminho da cultura da falta ao desenvolver seus colaboradores para a excelência, já que a maioria dos investimentos é feita para corrigir problemas ou faltas. O bom é que esse cenário tem mudado sensivelmente com o avanço das ferramentas de desenvolvimento humano.