[Postei & Saí #4] Cultura da tendência: o que o Homem-Aranha nos ensina?

[Postei & Saí #4] Cultura da tendência: o que o Homem-Aranha nos ensina?

Tom Holland, o mais recente Spider da franquia Homem-Aranha, decidiu dar um tempo da internet. Ele disse que está cansado de ler coisas sobre ele nas redes sociais e que se sente em uma ‘espiral’.

Nós sabemos como as redes sociais implicam no nosso comportamento, né? E também sabemos que, cada vez mais, o consumo de conteúdo atrelado aos outros tipos de consumo, como os de marketplaces, está bem perto da velocidade da luz.

Isso reflete naquele incômodo que temos na barriga ou aquela faltinha de ar que comumente chamamos de ansiedade, conhece? Entramos em um looping eterno ou uma ‘espiral’, que o próprio Holland cita, e quando percebemos, ela tomou conta de nós.

Mais que isso, é algo constante. Vai e volta. Recentemente, fiz um post aqui falando sobre os sinais que devemos observar para nos desconectarmos um pouco e eu, mesmo ciente das coisas que passei, me vi caindo nessa 'espiral' novamente.

Por isso, precisamos falar sobre, afinal, a digitalização das coisas não vai parar (e nem deve), nós que precisamos aprender a lidar com ela.

+Leia também: Minimalismo Digital: É possível ser slow na era do fast?

Somos a geração cobaia

A era digital veio rápida e, com certeza, nós ainda não sabemos lidar com ela, tudo é novo! Ainda não sabemos digerir a chuva de informações que consumimos diariamente e o vício na tela é quase tão sério quanto o vício em drogas, mas não nos damos conta disso.

Há pouco mais de 10 anos, a profissão criador de conteúdo não existia e hoje, ela é uma das mais promissoras quando falamos em presença digital na Creators Economy. Não sabemos ainda separar o on do off e cada vez mais estamos ficando online, pra tudo! Você acha que estamos preparados para o Metaverso? (Isso não é uma crítica)

Vamos precisar de ajuda

Se não sabemos onde estamos pisando, como vamos dar os próximos passos? Já que gostamos sempre da tendência, prevejo uma para os próximos 10 anos: seremos rasos. Se cada vez temos menos paciência para ler um texto maior ou ver um vídeo de mais de 5 minutos, será que as comunicações precisam se adaptar ou nós que precisamos rever nossa maneira de nos nutrir?

Vivemos sempre no looping da tendência, do que vai acontecer lá na frente para que possamos nos mover antes do concorrente e esquecemos da construção do todo. Por que sempre chegar primeiro em algum lugar se depois não vamos saber o que fazer lá? Por que comprar, comprar e comprar, se daqui dois minutos vamos nos perguntar quando vamos usar aquilo?

Faça o teste de se perguntar mais “Por que?” antes de tomar suas decisões, você descobrirá que não precisa de muita coisa. Procure ajuda se não conseguir sozinho se perguntar. Afinal, hoje em dia, quem não precisa de uma mãozinha, não é?

O futuro vai depender de você (sem papo de coach)

Eu sou do marketing digital e agradeço por ter me encontrado profissionalmente escrevendo e comunicando. Mas também, sei dos contras que tenho que enfrentar todos os dias nessa corrida invisível que a internet nos coloca.

Eu também me sinto ansioso na rolagem eterna do feed, também vejo vídeos de humor, as dancinhas e, por mais que não tenha a ver com minha forma de comunicar, é conteúdo e não deve ser criticado. Marketing de conteúdo diz respeito sobre criar o que as pessoas querem ver, independente se isso agrada 1 ou 100.

Mas calma, isso não quer dizer se moldar como criador para ter audiência. Sempre vai ter alguém para consumir o que você faz. Resta você, como criador, ter a responsabilidade sobre tudo que posta. Enquanto não entendermos a responsabilidade que temos enquanto criador e do impacto que geramos na vida do outro, a bola de neve só vai aumentar.

Agora a decisão do consumo é sua. E o óbvio precisa ser dito. Cada vez mais vamos precisar tomar frente do quanto queremos gastar nosso tempo e do quanto queremos ser influenciados em hábitos de rotina e de consumo.

Se quiser me ouvir falar sobre marketing de conteúdo para criação de comunidades, ouça abaixo minha participação em Os Agilistas :

Preste atenção, o algoritmo te conhece e te molda, mas você continua se reconhecendo? Se precisar, pare! Faça como o Tom fez e procure entender em que pé sua situação está. Torço para que a tendência que vem aí seja a da gestão de consumo digital. Tudo na vida de forma equilibrada funciona. Não precisa se desconectar, mas escolha o quanto quer se conectar.

Se observe! Até a próxima :)

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