Custos de frete seguem elevados, entenda!
Crise logística: escassez de contêineres e custos de frete marítimo em 2025
A logística global continua enfrentando desafios significativos em 2025, com reflexos na escassez de contêineres e nos elevados custos de frete marítimo.
Eventos como secas severas, greves e tensões na região do Mar Vermelho obrigaram rotas marítimas a serem desviadas, resultando em atrasos de até 14 dias no transporte entre Ásia e Europa.
De acordo com dados da Logcomex, as tarifas de frete em rotas importantes, como importações da China para o Brasil, atingiram picos de US$ 8.300 no último trimestre de 2024, enquanto as exportações para os EUA registraram médias de US$ 6.956 no mesmo período.
As exportações para a Alemanha, embora estáveis, apresentaram valores médios de US$ 2.373 no trimestre final do ano.
Portos sobrecarregados, como Santos, e as secas que afetaram operações em Manaus, ampliaram os gargalos logísticos no Brasil. No cenário global, congestionamentos e cancelamentos de rotas mantêm os fretes marítimos elevados, mesmo com alguns ajustes na demanda.
Para os próximos meses, especialistas preveem que o equilíbrio entre oferta e demanda poderá aliviar os custos globais. No entanto, fatores como tensões no Oriente Médio, altas no custo do combustível e negociações trabalhistas nos EUA devem continuar influenciando o mercado.
No Brasil, melhorias na infraestrutura portuária e estratégias para otimizar a cadeia de suprimentos serão determinantes para reduzir os impactos e aumentar a competitividade no comércio exterior.
China deve bater recorde de importação de minério de ferro em 2025
Mesmo com a projeção de queda na demanda por aço, a China deve atingir um novo recorde de importações de minério de ferro em 2025.
O Brasil já sente os reflexos: de janeiro a novembro de 2024, o país exportou 256,4 milhões de toneladas para o mercado chinês, um aumento de 11% no volume em relação ao mesmo período de 2023. O valor FOB cresceu 7%, totalizando US$ 18,4 bilhões.
Minas Gerais e Pará responderam por 96% das exportações brasileiras de minério de ferro. Enquanto os portos de São Luís e de Itaguaí concentraram 81% do FOB total.
A qualidade e competitividade do minério brasileiro segue fortalecendo a parceria comercial entre os dois países, com impacto direto na balança comercial brasileira. O mercado promete continuar aquecido em 2025.