Datafolha: Dória e Alckmin diminuem a diferença
Mário Covas dizia que era preciso "ler as urnas", hoje, adequo a frase e digo que é preciso ler as ruas. João Dória tem acelerado tanto que não tem visto movimentos consistentes da opinião pública.
Com pouco mais de 30 dias de governo, o Datafolha apontou que existiam 10% de paulistanos indecisos sobre a sua forma de governar. Hoje, sabemos que o índice de indecisos foi o primeiro a migrar significativamente para a sua reprovação de mandato que saltou de 13 para 22% (+9 pontos).
A sua aprovação no período recuou no limite da margem de erro, passando de 44, para 41%. Apesar de maneira discreta, as movimentações do eleitor tem sido consistentes e sem sinal de recuperação. Qual será o piso de Dória?
O que tem mantido estável até o momento são os eleitores que julgam o seu governo razoável com variação positiva dentro da margem de erro, passou de 33 para 34%.
As frustrações com o prefeito está nitidamente clara nos 74% que julgam que o executivo municipal fez menos do que se esperava no bairro em que mora - expondo também o mesmo sentimento de mais da metade dos munícipes (54%), que tem se frustrado com a gestão de forma geral.
Alckmin mantém a sua rejeição e avaliação regular na capital paulista desde agosto de 2014. Sua aprovação teve queda apenas neste levantamento passando de 31 para 27% (01 ponto a mais de queda do que Dória).
Note, que o governador tem mantido capital próprio estável e assistido, do outro lado, a rejeição de Dória que era 18 pontos menor do que a sua, ter a diferença nesse momento de apenas 09 pontos, ou 03 pontos considerando o limite da margem de erro.
O Datfolha de hoje deixa um claro recado: Desacelera, João! O Geraldo segue com base consistente, própria e independente do seu mandato de prefeito.
EBERTON BARROS é especialista em opinião e inteligência de mercado. Profissional da comunicação - marketing e jornalismo. Escreve regularmente análises sobre o cenário nacional e a conjuntura política e econômica.