De Business Partner para Business Designer - A Grande e Necessária Transição do RH
Tenho comentado sobre esse movimento nas minhas últimas postagens.
Temos trabalhado com esse conceito na nossa Academia de Design Organizacional.
Percebo que a maioria dos profissionais de RH ainda não perceberam a necessidade de mudar o posicionamento e a atuação. Ainda vemos as pessoas enaltecendo o profissional que gosta de pessoas, que ajuda nas mudanças organizacionais e esquece que o valor pode estar na construção das mudanças, na reinvenção das nossas organizações e dos sistemas e no posicionamento como um Business Designer.
Vou aqui apresentar os principais pontos que acredito justificam essa mudança e porque ela faria sentido olhando para o futuro do RH:
1. De Função de Apoio para uma Função de Transformação:
O modelo de Business Partner tradicional posiciona o RH como um suporte estratégico ao negócio, com foco em gestão de pessoas, políticas e processos. A transição para Business Designer levaria o RH para uma função mais transformacional, onde ele não apenas alinha as práticas de pessoas às metas do negócio, mas também redesenha e reimagina as próprias estruturas e estratégias da organização. É colocar a área no centro da criação de valor, promovendo a inovação organizacional e impulsionando novos modelos de negócios que integram as necessidades humanas, tecnológicas e econômicas.
2. Da Otimização dos Processos para a Transformação Organizacional:
Enquanto o Business Partner muitas vezes responde às demandas do negócio, o Business Designer tem uma visão mais proativa e criativa, enxergando a organização como um sistema complexo que precisa ser projetado para se adaptar continuamente. O foco deixa de ser a otimização de processos e passa a incluir a transformação organizacional, considerando a cultura, a estrutura e os fluxos de trabalho como peças que precisam ser redesenhadas. Isso faz todo o sentido em um mundo onde a agilidade, inovação e resiliência são indispensáveis para a sobrevivência e o crescimento das organizações.
3. Das Soluções Padronizadas para a Criação de Abordagens sob Medida:
O Business Designer capacita o RH a resolver problemas organizacionais complexos por meio de metodologias de design thinking e design organizacional. Isso envolve entender profundamente as necessidades dos colaboradores, os objetivos do negócio e os desafios externos, propondo soluções que promovem a inovação e garantem a sustentabilidade da organização.
Em vez de apenas implementar soluções padronizadas, os Business Designers criam abordagens sob medida que consideram o futuro do trabalho, a tecnologia emergente e o impacto social.
4. Foco na Experiência e Centrado Humano:
O conceito de Business Design é muito mais centrado nas pessoas, reconhecendo o valor da experiência dos colaboradores e dos clientes como elementos cruciais para o sucesso do negócio. Ao projetar soluções que melhoram a experiência humana e aumentam a conectividade e colaboração, o RH pode impulsionar uma cultura organizacional mais saudável, inovadora e produtiva.
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Essa abordagem também coloca o ser humano no centro do processo de transformação, alinhando os interesses das pessoas com as estratégias organizacionais.
5. Alinhamento com a Nova Economia e Sustentabilidade:
O Business Designer permite que o RH seja um co-criador de soluções que integram sustentabilidade e responsabilidade social à estratégia organizacional. É o movimento de conectar a inovação tecnológica, as necessidades de mercado e as demandas por impacto positivo, transformando o RH em uma força motriz para construir negócios que geram valor econômico e social.
6. De Acompanhar e Liderar a Mudança para Apoio à Gestão da Mudança Contínua:
Com as mudanças rápidas e frequentes nas demandas de mercado, os modelos tradicionais de Business Partner podem ser limitados em sua capacidade de acompanhar e liderar a mudança. O Business Designer, por outro lado, prepara os profissionais de RH para serem gestores de mudança contínua, com uma abordagem ágil e iterativa para revisar e adaptar constantemente a organização ao ambiente externo.
7. Foco em Estruturas Organizacionais Flexíveis:
O Business Designer coloca a Área de RH na posição de projetar e implantar estruturas organizacionais flexíveis, colaborativas e não hierárquicas, que facilitam a agilidade e a inovação. Isso é especialmente importante à medida que as organizações se afastam de estruturas rígidas e hierárquicas para modelos de trabalho mais fluidos e baseados em projetos.
A Transformação Necessária para o Futuro
Enquanto o modelo de Business Partner trouxe o RH para um papel mais estratégico, a transição para Business Designer é o próximo passo natural para as empresas que querem se preparar para os desafios futuros.
Esse movimento não só moderniza a função de RH, mas também a torna mais central para a inovação e o crescimento da organização.
Essa evolução faz sentido em um cenário onde a capacidade de redesenhar continuamente as organizações para atender a um ambiente de negócios dinâmico é uma vantagem competitiva essencial.
O RH, nesse novo formato e com esse novo mindset, deixa de ser apenas parceiro e passa a ser arquiteto da mudança organizacional.
Consultora Senior de RH
3 mOlá Marco. Excelente texto e reflexão de conteúdo. Venho atuando também em Arquitetura Organizacional e gostei do foco em Redesenhar o Negócio. Tomara consigamos implementar essas mudanças em futuro próximo.
HRBP Manager | Votorantim Cimentos | HR Business Partner
4 mExcelente provocação
HRBP | Liderança de RH | Mentoria I Gestão de Pessoas | Recursos Humanos | R&S | Relações Trabalhistas e Sindicais | T&D | Sucessão | Auditoria | Generalista | Vale do Paraíba – SP
4 mQue sacada! Uau😍
Consultora de RH | BP | Analista de RH | Talent Acquisition | Recruiter | RH Generalista | Psicóloga
4 mWow inspirador...que seja um futuro bem próximo 😁 👏
Educador, Estrategista e Consultor em Diversidade, Equidade & Inclusão, Desenvolvimento de Talentos & Comunidades Criativas
4 m👏🏻👏🏻