De fato, quais Reformas precisamos?
Temos ouvido bastante a palavra “reforma” ultimamente.
Reforma Trabalhista;
Reforma Previdenciária;
Reforma Protestante;
Reforma Ortográfica;
Reforma do Ensino;
Reforma Residencial.
Quanta reforma circunda nossa vida nesse momento!
Reforma, segundo o dicionário é uma mudança operada tendo em vista um melhoramento. Reparação. Conserto. Reformar: emendar-se, corrigir-se.
De fato, quais reformas precisamos? Para que? Em que direção elas têm nos levado?
Bom mesmo seria começar pela nossa própria Reforma Pessoal.
Buscando ajuda na filosofia, percebemos que o imperativo “conhece-te a ti mesmo” ainda se mantem como desafio, como problema e tema existencial da humanidade. Segundo Sófocles “Existem muitas coisas portentosas, mas nenhuma tão prodigiosa como o homem” (Antígona): “o homem é um ser extravagante e complicado”. Haja exemplos de políticos brasileiros nessa categoria. Executivos do mundo corporativo também. Já H. Plessner, afirmava que “somos, mas não nos dispomos”. Pausa para reflexão. Sabiamente Ortega y Gasset recorda: “Trata-se de que o homem se perdeu outra vez mais no mundo. Mas não é uma casualidade: o homem se perdeu já muitas vezes. Mais ainda: é essencial ao homem perder-se, desorientar-se na selva do existir. É seu trágico destino e seu ilustre privilégio!” Como a própria democracia, um sistema que se alimenta de antagonismos e ao mesmo tempo os regula.
Mas como fazer a ponte entre a reforma pessoal e estas tantas outras reformas em curso?
Para além do autoconhecimento em busca da reforma individual, é necessária “a conexão social: o homem só pode realizar plenamente sua vida na comunidade - não deve ser considerado exclusivamente cidadão de uma cidade, mas sentir-se vinculado à aldeia global.” Quando este pensamento é trazido à tona e reconhecido o impacto da relação da pessoa com o mundo onde ela está inserida, o resultado é a descoberta de sua dignidade humana e da consistência de valores. Mais uma pausa para reflexão, afinal de que valores estamos falando? Dos empresários, dos empregados, dos políticos, dos cidadãos, dos familiares? São tão divergentes no discurso? e na prática?
Não podemos esquecer que somos interdependentes, e que somos mais que nossos cargos e títulos.
Que possamos, ao nos perceber como indivíduos estranhamente perfeitos em nossa humanidade, reconhecer e valorizar a beleza da diversidade dos outros com seus conflitos, sonhos e expectativas que talvez tenham – ou não – a intenção de serem reformados.
E o convite prossegue: vamos caprichar em nossas emendas e contagiar a melhoria coletiva!
Investidor | Especialista | Tecnólogo | Técnico | Analista
5 aEsse artigo é de tirar o fôlego, viu?! Parabéns, Tania!