De mão em mão
As mãos serão sempre uma ferramenta privilegiada de trabalho. A mais completa e sensível ferramenta de todas. Desde os nossos antepassados que elas moldam e transformam pedaços de nada em coisas maravilhosas, vivas. Seja com a máquina mais arcaica ou com a mais moderna de todas. As mãos terão sempre acesso principal e primordial aos objectos.
O toque confere ao objecto a capacidade para este se moldar, permite perceber-lhe as potencialidades e nisso, só o artesão é exímio em fazer. As mãos do artesão são o mestre em acção.
André e Teo sabem-no bem quando exploram e transformam as diferentes camadas de pele que lhes chegam às mãos, todos os dias. Quando as trabalham, cozem ou simplesmente as vendem, ao colocarem as suas malas nas mãos de outros.
É no momento da passagem do testemunho que te apercebes da genuinidade da Teo e do André. Fazer por gosto, de pequena dimensão para não ferirem um trabalho de pormenor e, para calmamente, conseguirem entender a maneira como os materiais se ajustam às formas das diferentes criações.
É preciso tempo para que as coisas saiam bem feitas.
Esta publicação é um excerto do post publicado no Portugalize.Me. Para o ler integralmente, siga o link.