Decreto de Sexta #6
Quantas vezes você acordou pela manhã pensando: “eu não sei se as coisas estão como deveriam estar”? É um hábito comum criarmos listas de onde queremos chegar e coisas que queremos fazer acontecer. Eu faço isso, você faz isso, nossos pais faziam isso e os pais dos nossos pais.
Nós fazemos listas físicas, de papel, em cadernos que vão para o fundo da gaveta, quando achamos que as metas são audaciosas demais. Nós fazemos listas no caderno espiral que vão para porta da geladeira, quando achamos que é justo olhar para a lista todo dia e lembrarmos que ainda não cumprimos metade das metas. Nós fazemos listas mentais. E diferente do caderno que vai pro fundo da gaveta e da folha, mal arrancada do caderno espiral,que fica na porta da geladeira, a lista mental vai com a gente por todo lugar.
Ela te dá bom dia assim que seus olhos vislumbram a porção de parede (tão familiar) do seu quarto pela manhã. Ela está em cada reunião, em cada conversa, em cada nota que você entrega para pagar o cafezinho. Listas de objetivos são importantes. Elas nos ajudam a lembrar porque a gente faz o que a gente faz. Mas a sensação de que temos o controle sobre todas as coisas, todo o tempo, que a lista traz, não.
Porque a gente não tem.
O único controle que nós temos a respeito das coisas que acontecem na busca pelos itens da lista, é a forma como reagimos às coisas que acontecem na busca pelos itens da lista.
Relaxe.
Controle é uma sensação ilusória que traz estabilidade mental, mas escravidão. Faça o melhor que você pode com tudo o que você possui. Seja uma pessoa boa com os outros, mas sobretudo, com você mesmo. Tenha compaixão com a sua trajetória. Erre. Investigue o erro. Não tenha medo de se autoexaminar. Depois, perdoe-se. Coloque seu coração em todas as coisas. Ele bate pra te ensinar que ser bom, profissionalmente e pessoalmente, passa pelo viés da dor.
Relaxe. Controle traz conforto. Mas perder o controle, às vezes, é libertador.
Relaxe. Afinal, é sexta. E sexta é dia de ser um tiquinho mais feliz.
#Sextou.