DEMISSÃO RESPONSÁVEL
Como conduzir este processo delicado neste momento de COVID-19.
O atual cenário trabalhista nos mostra um caminho de muitas demissões no Brasil. Em alguns segmentos isto já está ocorrendo.
Não se questiona a legitimidade das decisões das empresas, mas nos preocupa a maneira como estas demissões serão realizadas.
DESLIGAR É UMA ARTE!
Ao desligar pessoas de modo humano, responsável e compreensivo, as organizações tem a chance de criar ambientes positivos, mesmo em situações difíceis como a que estamos passando agora.
Ao mesmo tempo, podem evitar passivos trabalhistas e assegurar a imagem de uma empresa cidadão.
Contudo, a realidade que vivemos no mundo corporativo é que muitas empresas - de todos os portes, não dão a devida importância ao processo de demissão (mesmo afirmando que sim).
Não possuem este processo estruturado, não treinam suas lideranças, não oferecem qualquer tipo de apoio na recolocação e tão pouco se interessam como futuro destas pessoas e o impacto social que isto irá causar.
ESTE É UM GRANDE DESAFIO PARA QUEM CUIDA DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS.
Abaixo alguns reflexos de um processo bem conduzido:
· Pode reafirmar a postura ética/cidadão da empresa, o que em tempos de economia digital é muito importante.
· Pode preservar e até aumentar a moral da equipe.
· Pode influenciar no aumento da produtividade da equipe que fica, pois reforça a confiança nas decisões das empresas.
· Pode contribuir para a permanência dos talentos, na medida em que a empresa mostra genuína preocupação com as pessoas da empresa.
· Pode minimizar possíveis riscos trabalhistas.
· Pode minimizar possíveis atos que danifiquem o patrimônio da empresa.
· Pode garantir o caráter sigiloso de informações relativas às estratégias de negócios da empresa.
A essência do que queremos demonstrar é que todo desligamento é sempre delicado e complicado, desde sua decisão até a comunicação ao funcionário demissionário e à equipe que fica na empresa.
Seu impacto nos resultados da empresa é direto, assim como em sua imagem institucional, o que convenhamos não é nada bom no atual modelo de economia digital.
Porém, se este processo for bem estruturado e bem conduzido, tendo as lideranças sido treinadas corretamente, o impacto, no mínimo, será suavizado.
Este nosso posicionamento é decorrente de vários processos que já estruturamos e de treinamentos que já realizamos.
Por Silvano Szezecinski - CEO IBMérito, Partner ADAVEL e Professor MBA.