Desafio da gestão
O mundo mudou, o Brasil está mudando, as empresas brasileiras estão tendo que se desenvolver e modernizar sua gestão e seus processos para se adequar a competitividade e as necessidades do mercado. Esse é o momento que todos os empresários vivem.
Atualmente os executivos e empresários estão enfrentando novos desafios de gestão, tais como: falta de mão-de-obra qualificada, dificuldade de retenção e encarreiramento de talentos, necessidade de aumento de produtividade, adequação de produtos e serviços às rápidas mudanças tecnológicas, adequação da estrutura organizacional ao momento empresarial e diversos outros. Todas essas mudanças contribuem para o aumento do risco e da insegurança, tornando o gerenciamento das empresas uma atividade bastante complexa e desafiante.
Como acompanhar essa mudança? Como sustentar as estratégias e gerar resultados? Como desenvolver ou implementar métodos e controles efetivos? Como capacitar e envolver os funcionários e gestores? Essas são perguntas frequentes que ouço dos meus clientes.
Para resolver essas outras questões levantadas rotineiramente, costumo dizer que o primeiro desafio do executivo é o de analisar a empresa, ou seja, olhar para dentro do negócio e avaliar os resultados e os fatores de críticos de sucesso de todas as áreas presentes no negócio.
Em seguida é necessário identificar as necessidades de cada área, de cada equipe e aprofundar essa análise de modo a que se possa extrair desse trabalho soluções e melhorias que sustentem a evolução do negócios e o alcance dos objetivos traçados.
Também é necessário analisar o ambiente externo a empresa, ou seja, o comportamento do mercado, a entrada de novos concorrentes ou produtos substitutos, as tendências, novas regras, políticas e leis que interfiram no negócio, bem como buscar informações junto aos fornecedores, parceiros, prestadores e toda a cadeia de valor que envolve a empresa, de modo que se possa desenhar o cenário e desenvolver planos de ação e contingência que venham a mitigar riscos e em especial gerar novas oportunidades.
A partir daí deve-se traçar o mapa estratégico, ou seja, a representação visual que evidencia os desafios que a empresa terá que superar para concretizar sua missão e sua visão de futuro e alcançar os objetivos estratégicos distribuídos nas perspectivas do negócio.
Todas essas informações deverão ser consolidadas no planejamento estratégico, que deverá ser seguido e implementado pelos gestores do negócio.
Mas como garantir que isso não fique apenas no papel ou seja complexo de mais para que seja implementado? Para responder a essas questões sustento que as empresas devam adotar métodos contemporâneos e testados de gestão, mas alerto que é necessário compreender que cada empresa deve desenvolver e seguir seus próprios modelos, adequando sempre que necessário à metodologia ao seu negócio e a sua cultura.
Dentre os métodos de gestão destaco o Balanced Scorecard – BSC que nada mais é do que a materialização do planejamento estratégico e das técnicas de administração por objetivos em um painel de indicadores de desempenho que traduzam a missão, a visão e os objetivos em indicadores metas organizadas segundo quatro perspectivas básicas:
- Financeira- traça o retorno do investimento, crescimento, liquidez, endividamento, etc.;
- Clientes- enfoca a participação de mercado, o cumprimento das expectativas dos clientes, etc.;
- Processos- abrange inovação, eficiência, operação, comercialização e tecnologia;
- Aprendizado e Crescimento- orienta a capacitação/clima organizacional.
Essa metodologia também prevê a adoção de um cronograma de implantação de planos de ação e de mitigação de riscos que possam sustentar a evolução do negócio e servir de suporte para o alcance dos resultados previstos.
Para garantir o alcance dos resultados planejados torna-se necessário, no entanto controlar a tendência, ou seja avaliar periodicamente os resultados alcançados e se houver desvios em relação ao planejado estabelecer medidas e ações que possam mitigar os efeitos dos problemas ou gerar soluções que permitam o alcance dos objetivos traçados.
Essa é sem dúvida, uma das melhores práticas a serem adotadas pelos executivos para alcançar os resultados compromissados.
Rubem Soares de Oliveira Lima