Desafios do Varejo Pós COVID-19
Segundo o futurista Thiago Matos, empresas traduzidas para o digital oferecem os mesmos serviços e produtos que normalmente seriam vendidos no offline em uma prateleira que normalmente é traduzida para um e-commerce.
O varejo vem constantemente se reeinventando durante a pandemia para driblar o fechamento dos pontos físicos e, mesmo com a retomada e abertura do comércio, ainda será será necessário resignificar o offline em um ambiente predominantemente digital.
Conheça macrotendências para o varejo pós crise:
1. Marcas reconhecidas terão destaque no mercado frente às novas marcas. Como comprar online ainda é tabu para a maioria, é mais confiável buscar aquilo que já se conhece e confia.
2. O faça você mesmo é uma tendência forte a ser adotada frente a um cenário onde as pessoas estão buscando novas habilidades, principalmente para manutenção de roupas, da casa (tanto na reforma como na decoração), na gastronomia e outras. A Nielsen descobriu que as vendas de fermento aumentaram quase 650% até 21 de março. O Google apontou o crescimento de 450% em buscas por "horta em casa". Além de Kits que incentivem a prática, o varejo pode ensinar o como fazer.
3. As pessoas ficarão mais independentes e logo, os intervalos de compras poderão aumentar. Salões de beleza poderão ser trocados por Kits de coloração e buscas por "como cortar o próprio cabelo" já apontam essa tendência no Google, por exemplo, reforçando ainda mais o ponto 2.
4. O conforto da entrega em casa, em todos os âmbitos, aumenta a confiabilidade no digital e força a transformação digital em vários segmentos. A telemedicina é o exemplo mais atual de que mesmo diante de incertezas e problemas legais, a necessidade sobrepõe a aceleração digital.
5. Experiências não poderão mais ser encaixotadas e oferecidas em prateleira. A era da personalização chegou. Agora o varejo vai precisar escutar e compreender as necessidades de cada consumidor antes de oferecer um produto ou serviço.
Imagine que a compra de mês de um solteiro é totalmente diferente da compra mensal de uma família com seis pessoas. As lojas físicas perceberam isso há tempos. São pessoas que precisam comprar em tamanhos diferentes, porções diferentes, marcas diferentes dependendo da região e renda mensal. Será hora de escutar, adaptar e aprender com cada consumidor, predizendo inclusive que seu estoque poderá ser reposto em um certo intervalo de tempo e quanto ele poderá gastar.
Se as dificuldades são visiveis em uma compra de mercado, imagine no segmento de serviços, seguros, planos de saúde, beleza e moda o que a transformação digital pode ser acelerada pelas necessidades do consumidor e da personalização de seus hábitos. Dessa forma, é fundamental desenhar uma estratégia adequada para o canal, de modo a aproveitar todas as oportunidades que se abrem perante o atual panorama.
6. Atendimento ao cliente será o diferencial para conquistar o consumidor. Como muitos estão comprando online pela primeira vez, dúvidas podem surgir e capacitar um time de apoio às vendas e suporte ativo ao cliente pode atrair olhares no meio da concorrência.
Não importa o canal, o cliente deseja atenção e respostas para suas dúvidas.
7. Cansados, ocupados, saturados de informação. Assim são os seus novos consumidores. Invista no simples, direto e funcional. Uma página cheia de ofertas não é tão atraente como uma gôndola ou prateleira no mercado. Repense.
8. Agora todas as gerações, com hábitos online, adotam comportamentos parecidos com os dos Millenials. Sim, buscam suas necessidades na internet, são imediatistas, a atenção é dividida em muitas tarefas simultaneamente e o planejamento de compras precisa fazer parte do seu dia a dia.
Inclua no plano de negócios ideias que ajudem o planejamento e facilitem a vida do seu consumidor: informação clara, direta e precisa; transparência no atendimento e em todo processo de compra; preços atraentes e checkout simples. Lembre-se que necessariamente para o Brasil, onde muitos são negativados e desbancarizados, trabalhar com uma única forma de pagamento pode ser um motivo para abandono de compras.
9. Uberização da logística. Mas certamente a logística e a entrega deverão atender prontamente esses consumidores. Não há mais espaço para a espera e a entrega precisa acontecer em um menor espaço de tempo. A integração de varejistas com aplicativos como Loggi, Uber e 99 já começou e aponta forte crescimento para a continuidade de alguns negócios.
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