Design Thinking: uma abordagem para guiar o pensamento de inovação
A procura por Design Thinking vem aumentando exponencialmente em todos os cantos do mundo, seja por estudos em livros, conversas nos corredores das empresas ou nos buscadores, e isso está ajudando profissionais e empresas a adotarem posturas de melhoria contínua e mudança do mindset para inovação e resolução de problemas complexos.
Mas, qual o motivo de tanta procura?
O Design Thinking é uma abordagem do Design para a resolução de problemas complexos e faz isso de maneira ágil e visual. Em 6 anos de trabalho com essa abordagem, já facilitei processos com várias problemáticas e, talvez eu tenha percebido alguns pontos importantes sobre como o DT ajuda a guiar o pensamento estratégico de inovação.
O Design e suas vertentes
São tantas atividades que tornam o Design uma atividade tão procurada e desejada hoje em dia, que muitas pessoas possuem muitas dúvidas sobre.
Nomenclaturas e novos formatos surgem em um curtíssimo espaço de tempo e eu digo isso por experiência própria! Comecei estudando sobre Design Thinking com um grande amigo, em 2012. Já faz algum tempo que ele parou de falar sobre DT, por estratégia própria, e começou a falar sobre Service Design. Esses dias, conversando com esse amigo, ele me disse sobre sua pesquisa em relação aos termos - Design Thinking, Service Design, UX, UI e Customer Experience (CX) - e ele chegou à conclusão de que não dá pra parar de falar em Design Thinking, devido ao grande volume de buscas que temos, principalmente no Google.
Também chego à conclusão de que não dá pra parar de falar sobre DT por causa da sua importância como abordagem guia de inovação.
O Design Thinking e sua estrutura
É normal que o cérebro humano tome decisões, sempre que um obstáculo chega. Também é normal que nós façamos uso do nosso repertório para tentar solucionar problemas, desenvolver novos produtos, serviços e processos, mas, o que torna essa prática tão comum, um movimento incorreto, é que não entendemos ou observamos todas as variáveis antes de criar ideações. Esse é o primeiro grande ganho do Design Thinking! Qualquer problema pode ser solucionado ou qualquer coisa pode ser desenvolvida, por meio de sua abordagem cíclica e resolutiva, mas, antes de tudo, entender e observar.
Double Diamond, o mapa visual simples do processo de Design (DEV: Desing Concil 2005)
Uma possibilidade de criar ações de impacto e pensamentos criativos em conjunto
É muito importante que o DT seja uma experiência em conjunto, para que as ideias sejam levadas ao mais alto nível de cocriação possível e, assim sendo, sejam cumpridos os 3 pilares da sua abordagem:
1. Empatia: Diferente de simpatia, a empatia é entender e agir, de fato, em relação às dores das pessoas, por isso, conversar e criar em conjunto é riquíssimo para esse processo!
2. Colaboração: O mundo dos negócios e tudo que envolve trabalho está ficando cada vez mais individual e a perda de possibilidades, novas ideias e oportunidades também ficam prejudicadas. Colaborar é agir com outras pessoas e aproveitar toda capacidade que elas possuem.
3. Experimentação: Levar a experiência do papel para a prática! Toda construção só é válida se gerar experimentação real, de pessoas com dores reais, e é muito importante também para colher feedbacks e melhorar o que está sendo desenvolvido.
Ser criativo é importante para ser um Design Thinker?
O Design Thinking ajuda, com sua abordagem, pessoas com dificuldades de exercer sua criatividade. Com os processos e ferramentas que são trabalhados em cada etapa, a sensação de hierarquia diminui e o jogo criativo fica mais vivo, abrindo a possibilidade de quem possui dificuldades de expor ideias, a abrir a caixa de ferramentas. Em um processo de Design Thinking, todo mundo fica igual, com os mesmos níveis de responsabilidade e, principalmente, com a única obrigatoriedade de aproveitar o percurso e se divertir enquanto cocria. Diversão com responsabilidade, sacou?
“Uma das principais características do Design Thinking é o fato de que essa abordagem não pretende evitar erros, e sim explorar o maior número possível de erros”, Marc Stickdorn, um dos autores do livro Isto é Design Thinking de Serviços.
"Design é bom demais para ficar nas mãos dos Designers!"
Resolver problemas, encantar pessoas, transformar negócios, impactar comunidades e gerar valor em qualquer setor que seja é bom demais para ficar nas mãos somente dos designers (eles que me desculpem)! Minha formação é publicidade e relações públicas, tenho amigos que são de áreas tão distintas e usam a abordagem com maestria. Já facilitei processos com músicos, engenheiros, desenvolvedores e até alunos de ensino médio.
O Design Thinking é uma abordagem centrada no ser humano e pode ser executada por qualquer tipo de profissional, mas... desde que esse profissional tenha habilidades que envolvam e promovam a empatia, com a capacidade calçar o sapato de quem sente as dores dos problemas; colaboração, com a capacidade de trabalhar e desenvolver novas ideias em grupo; e experimentação, com a habilidade de saber e entender que tudo pode e deve ser melhorado continuamente.
BÔNUS: A diferença entre Design Thinking e Service Design!
Desing Thinking é a base para um pensamento de desenvolvimento inovador para produtos, serviços, processos e desencadeia toda sua prática nas atividades do Service Design. Ou seja, DT é uma abordagem, pensamento estruturado de Design para resolução de problemas/desenvolvimento de ideias (aqui, sempre importante ter um problema/dor real para iniciar o seu desenvolvimento) e o SD é orientado para resultados, com objetivo de desenvolver produtos e serviços ou melhorar processos específicos (aqui, sempre importante ter um objetivo de negócios a ser alcançado: Melhoria de atendimento, faturamento, economia, experiência, etc.). *Recomendo a leitura desse artigo ► http://bit.do/eZnQB ◄.
Espero que tenha gostado do artigo. Se gostou, compartilhe na sua rede! Gosta, estuda ou já trabalha há algum tempo com Design Thinking e gostaria de complementar esse artigo? Vai ser um prazer ter o seu comentário por aqui! Ficou com vontade de ver outro assunto sobre Design, Comunicação, Digital, Inbound...? Deixa sua sugestão também nos comentários! Isso vai me ajudar muito nas pautas! Abraço.
Director de Interkultural ǀ Periodista independiente ǀ Traductor autónomo de inglés y portugués a español y gallego ǀ Revisor de textos ǀ Contacto: oscarcurrosinterkultural@gmail.com / +34 636 60 40 31
4 aComo tradutor e terminologista, me interessou muito a questão da nomenclatura, pois o jeito como é nomeada uma disciplina importa, e muito. Anotei as possíveis variações - Service Design, UX, UI e Customer Experience (CX) -, assim como o fato de o SEO e Google determinarem a preferência por Design Thinking.
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4 aOlá, Maurity, Eu estou estudando design thinking este semestre na Escuela de Organización Industrial, na Espanha. Por causa do coronavírus, as aulas são ministradas pela internet. É uma pena, pois, como você bem coloca, a empatia e a colaboração são essenciais, mas estamos fazendo todo o possível para adaptar a empatia e a colaboração presenciais ao meio digital. Por sinal, agradeça a Mônica da minha parte por ter citado este artigo na conexão ao vivo de hoje (15/04/2019) no Instagram. Foi uma ótima recomendação. Valeu!
Product Manager | Product Owner
5 aClaro e objetivo, mais ainda pelo bônus na diferenciação de DT para SD! Se me der a liberdade, também vou deixar alguns tópicos de sugestões, como o lean e o método agile. Li alguns artigos que inclusive defende o uso dos três em conjunto... muito interessante!
Diretor de Arte | Designer Gráfico | UX/UI Designer
5 aMuito bom artigo Maurity! Podia falar sobre inbound e se todos os mercados ou tipos de serviços são suscetíveis a essa metodologia.