“Deveria ser um ano de resoluções”, diz especialista sobre economia brasileira em 2016

“Deveria ser um ano de resoluções”, diz especialista sobre economia brasileira em 2016

Fabiana D’Atri, do Bradesco, palestrou nessa quarta-feira (20), na CIC:

Segundo a economista, o cenário é bastante desafiador e as incertezas continuarão pesando sobre a economia brasileira, ao menos ao longo dos primeiros seis meses. Fabiana projetou quedas consecutivas do PIB no primeiro semestre do ano e alguma estabilização no segundo, o que deve produzir uma retração de 2,8% no ano.

De acordo com a palestrante, o País experimentará quedas mais acentuadas do PIB caso não adote medidas urgentes de médio e longo prazo que tragam novos horizontes para as contas públicas, não só em nível de governo federal. “Sem o enfrentamento dos problemas fiscal e inflacionário, provavelmente veremos quedas mais acentuadas do PIB no ano que vem”, avaliou Fabiana. Ainda segundo a especialista, a política fiscal permanece sendo o principal desafio do Brasil e a recessão de 2015 e 2016 deverá resultar em significativa queda da inflação. A estimativa apontada pela palestrante é de inflação de 6,5% nesse ano. “A fase atual de ajustes faz parte do ciclo de reequilíbrio da economia, necessário para o País retornar ao crescimento”, comentou.

No ambiente internacional, a economista do Bradesco mencionou o fim do ciclo de commodities, a desaceleração da economia chinesa – projeção é de crescimento de 5,5% em 2016; 5,2% em 2017; e 5% em 2018 -, aumento dos juros nos Estados Unidos, fortalecimento da moeda norte-americana em todo o mundo e crescimento moderado do PIB global.  Os países desenvolvidos entram em fase de aceleração, e os emergentes, de desaceleração, sustentou.

Diante do cenário doméstico, Fabiana entende que os motores da recuperação estão no aumento das exportações e queda das importações; nos investimentos em infraestrutura; na retomada do consumo; na queda da inflação; na estabilização salarial; e na reação generalizada e não apenas concentrada em alguns segmentos da economia brasileira. “O período é difícil, desafiador e vai exigir respostas rápidas, foco, estratégia, criatividade, inovação e produtividade, tanto para pessoas jurídicas, como para pessoas físicas. A única alternativa que não pode é ficar parado. Esse não é um período para acomodação”, observou a economista.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC

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