Digitize-se #23: o “S” do “ESG”

Digitize-se #23: o “S” do “ESG”

Já abordei ESG mais de uma vez na Digitize-se. Não é para menos, já que o tema vem dominando as discussões empresariais há um bom tempo, tendo ganhado tração com a crise sanitária que, aos poucos, parece ir ficando no passado. Nunca podemos nos esquecer, porém, que ESG é uma sigla que se refere a três pilares, cada qual com sua importância.

Nesta edição, portanto, quero falar sobre o “S da coisa”, que envolve muitas particularidades: como as empresas podem implementar ações de impacto social que estejam de fato alinhadas ao propósito da companhia e que realmente irão fazer diferença na comunidade? Confira alguns conteúdos interessantes sobre o tema!

🌺 Os programas de impacto social desenvolvidos pelas empresas buscam desencadear mudanças dento de uma comunidade e melhorar a vida de outrem por meio de recursos corporativos – e tempo dos envolvidos, claro. Mas como implementar uma iniciativa assim nas organizações? As orientações vão desde encontrar uma causa que colaboradores, lideranças e proprietários possam apoiar até criar campanhas para promover o projeto. À Forbes, 15 executivos deram dicas valiosas nesse sentido, como ter metas claras, alinhar a iniciativa aos valores da companhia, ir além das estratégias de Relações Públicas, imprimir credibilidade e fazer tudo com paixão são algumas delas.

⚠️ Em meio a um cenário econômico global delicado, os próximos meses serão de testes para verificar se as empresas vão conseguir se manter firmes em seus compromissos ESG e de responsabilidade social corporativa. Em artigo para a Harvard Business Review, pesquisadores avaliaram o cenário e chegaram a três motivos pelos quais defender essas práticas são essenciais para o sucesso a longo prazo das organizações, ligadas ao fato, por exemplo, de que a reputação do negócio está intrinsicamente ligada ao propósito e às ações corporativas e que os consumidores escolhem as empresas das quais irão comprar com base em critérios como os compromissos de propósito corporativo.

🧠 Com o objetivo de identificar um novo arquétipo de liderança que está influenciando negócios e deve reger os empreendimentos na Nova Economia, o Instituto Anga realizou um mapeamento junto a executivos de empresas como JP Morgan, Oracle, Adidas e Movida e identificou que o novo perfil de líder deve ter uma mente inovadora e digital e um coração consciente e humanizado. Essas características estão muito presentes nos jovens, que têm inclinação ao cuidado, preocupações ambientais ou sociais, e levam essa mentalidade para projetos que vão desenvolver.

🌏 De acordo com a consultoria global de gestão de liderança Egon Zehnder, a diversidade etária na composição dos conselhos de administração é um dos principais pontos para ajudar companhias do mundo todo a aumentar sua responsabilidade social. Foi por motivos como esse que em 2022 o Pacto Global das Nações Unidas (ONU) no Brasil criou um comitê jovem, formado por oito representantes de diferentes causas e grupos sociais. Ainda que, por ora, a comissão seja consultiva, o objetivo é que se tenha um jovem no conselho de administração do Pacto. Recentemente, o Valor Econômico entrevistou alguns desses jovens e trouxe insights interessantes, como o fato de que a diversidade, por si só, não é suficiente para a empresa ser socialmente responsável.

💵 O Instituto Phi, que busca investimentos sociais para empresas e desenvolve ações de gestão financeira para iniciativas de impacto social, registrou, em 2022, mais de R$ 18 milhões em doações. Para este ano, a estimativa é de alta de 15% no resultado. Diretora-executiva da organização, Luiza Serpa afirma que não é somente durante crises, como a pandemia de Covid-19, que a filantropia precisa acontecer, mas de forma cotidiana. No ano passado, o Instituto Phi somou 386 projetos apoiados, com 650 mil pessoas impactadas, direta ou indiretamente.

Interessante observar como o “S” vem sendo tratado nas discussões que tenho acompanhado. Em diversas avaliações de efetividade de conselhos constato o quão rasos são os debates e a preparação dos conselheiros para que possam defender estas práticas - essenciais para o sucesso a longo prazo das organizações. É, de fato, um tema que ainda engatinha nos boards!

Até a próxima!


Formidável, amigo. Bela curadoria.

Reny Okuhara, MSc

CEO & Fundadora/Conselheira Consultiva/Advisor/Board/Mentora e Consultora Empresarial /Vendas/Estruturação de Empresas/Governança Corporativa/Mestra

1 a

Parabéns pelo conjunto de textos, em especial por trazer as dicas dos executivos! Bem interessantes!

Ana Gati, Dra

Conselheira Certificada, Qualified Risk Director, mentora e palestrante, Gati Consultoria/Afiliada Shingo

1 a

Muito bom Sérgio! parabéns

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