Dinheiro

Ontem na missa, na Homília, o padre falou muito enfaticamente sobre dinheiro e sua utilidade, nos questionou se temos servido ao dinheiro ou se ele nos serve, e por fim deixou uma mensagem que "caixão não tem gaveta", o que fica aqui é o que você fez durante sua vida.

Essa é uma reflexão que venho fazendo há algum tempo, sobre consumismo, sobre a nossa necessidade de cada vez trabalhar mais, ganhar mais e gastar também mais, ou mesmo na necessidade de se economizar e guardar cada vez mais também. Qual o limite para vivermos bem mas pensando nas intempéries que podem nos acontecer, planejando o futuro sem deixar de viver o presente?

É certo que vivemos numa economia instável, e se durante algum tempo vivemos muito bem, num período de ascensão, de repente nos vimos em um ambiente de incerteza, desemprego, juros altos e crise. Quem se preparou para esse momento, fez suas economias, passa por esse tempo sem grandes preocupações, mas quem esbanjou tudo que ganhou, certamente se vê em um momento de apreensão, de medo do desemprego e principalmente, de ter que baixar seu padrão de vida. 

O limite entre não viver em função do dinheiro, não ser perdulário e ao mesmo tempo ser precavido é a grande questão contemporânea. O tal padre dizia que se você tem dinheiro, mas ele não serve para te fazer uma pessoa mais feliz, mais próxima do seu próximo...de nada ele adiantará na sua vida, e será como um "demônio", te cobrando o tempo todo, mais e mais, você viverá escravo dele, para depois ir-se embora desse plano e deixá-lo para fomentar a briga de seus herdeiros.

Por outro lado, há pessoas que vivem na corda bamba, inconsequentes, não guardam nada do que ganham, e quando se veem em uma situação como o desemprego, sem um plano B, caem em um profundo desespero, que pode encadear tragédias, como algumas que temos visto diariamente pela mídia.

Ainda, existem aqueles que conseguem viver em um meio termo, se planejam, têm suas economias, mas não deixam de viver bem por conta de poupar. Acredito que o grande diferencial dessas pessoas é que não precisam das roupas mais caras, dos melhores carros e dos restaurantes mais badalados para serem felizes, se divertem estando com pessoas e não com lugares, não precisam provar nada para a sociedade, não têm necessidade de ostentar porque sabem que valem pelo que são, e não pelo que têm.

E o engraçado desse tipo de gente é que, com o convívio, conseguimos enxergar para além de suas roupas, de suas posses, gostamos de estar perto porque sua aura exala bem estar, conhecimento, evolução...normalmente não são fúteis, estão preocupados com questões maiores e mais gerais, ao contrário das demais, que continuamente estão olhando para o próprio umbigo. 

Assim, deixo aqui a reflexão sobre nosso trabalho e nosso modo de vida, como estamos lindando com o dinheiro e com as pessoas...praticar a generosidade, conosco mesmo, com quem está ao nosso lado e ao mesmo tempo pensar no futuro , para que consigamos atingir o nível ideal entre não nos fecharmos em um pequeno mundo, não sermos inconsequentes, e principalmente, para que possamos viver em um ambiente de bem estar, principalmente interior.

Luis Claudio Santana Montenegro

Integração de Interesses da Indústria do Espírito Sa na Findes - Federacao Das Industrias Do Estado Do Esp

8 a

Há um livro chamado "Die Broke". Ensina a como gastar bem todo o dinheiro até morrer. No mais, Epicuro na veia!!!!

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