A Distribuição e a Regulação
Em tempos de Operadores Logísticos gigantescos, com capacidade para atendimento de muitas unidades de negócio - que são os Atacadistas - há uma questão que está precisando ser reavaliada: a Responsabilidade Técnica.
A Legislação exige que um Atacadista de produtos Cosméticos e de Higiene possua um responsável técnico pela sua operação. Este Atacadista, por sua vez, se localizar dentro um Operador Logístico que já possui um Responsável Técnico obrigatório. E cada um dos CNPJs atacadistas ali dentro deverá possuir o seu próprio Responsável Técnico.
De forma alguma, considero que a função seja irrelevante ou desnecessária porém, há uma oportunidade de sinergia de atividades e otimização do profissional, inclusive. Este profissional tem pouca atividade a ser realizada, considerando-se que existe uma Manual de Boas Práticas a ser seguido, implementando-se as regras de Qualidade quanto à armazenagem e distribuição de seu estoque, disposto numa sala que já foi estruturada de maneira adequada para atender todos os critérios exigidos para produtos de uso humano.
Os Conselhos de Classe precisam rever como se posicionar quanto à carga horária e definição da posição que possa ser assumida por estes profissionais (por que não poderiam assumir a RT por toda a operação, exercendo a auditoria em todos os pontos instalados ou, pelo menos, numa boa parte deles?). Alguns Conselhos permitem que RTs assumam até duas empresas da mesma categoria, porém, para o caso de Operações Logísticas dentro de um mesmo endereço, seria muito mais efetivo e profissional que o RT do Operador Logístico pudesse se responsabilizar pelo todo. E, sem dúvida, teríamos ganho de tempo e de custos com os processos de abertura de empresas deste tipo.
É uma opinião. Vejo o espanto de todos quando temos esta obrigatoriedade e fica bem difícil justicá-la. Novamente, não desconsidero a importância da RT, sou farmacêutica e defendo isso. Mas considero importante otimizar tudo. Inclusive papéis e responsabilidades. Sem prejuízos.