DNA do mercado de trabalho português não evolui!

Há 2 décadas que chovem críticas de todos os quadrantes da sociedade civil portuguesa sobre o problema do desemprego e emprego em Portugal e mesmo assim, pouco ou nada, mudou na sua génese durante estes 20 anos, tirando a exigência académica para os candidatos, muito por força de algumas exigências comunitárias mas, o essencial continua por ser feito.

O essencial é o mercado de trabalho acabar com barreiras amputadoras como a idade dos 35 anos e a experiência profissional.

Ter uma idade até 35 anos permite, ainda optar-se por mudar de emprego ou arranjar um novo para quem está ou esteve desempregado. A partir dessa idade é um martírio arranjar-se emprego e não por culpa dos candidatos mas, por culpa das lógicas dos empresários.

Quem tem experiência, é válido e quem não tem, não está habilitado para ser candidato. A experiência adquire-se e não vem do berço. O 1º emprego é isso: serve para ganhar-se experiência, ocupando a vaga, ser uma mais valia para a empresa, para a pessoa! Ninguém é doutor porque o pai ou mãe foram. Isso foi antes, durante o Estado Novo. Não tem que ser assim, nem deve ser!

Países como os escandinavos, do centro e do norte da Europa têm amplitudes de candidatura bem vastas, como se fosse dos 7 aos 77: toda a gente tem hipóteses para ocupar o posto e exercer a função e a política nesses países em matéria de emprego, é que o posto vago e o candidato são um só e ambos têm que representar uma simbiose, considerando-se muitas características do candidato e não só a idade e se tem ou não experiência. Resultado: estes países são mais evoluídos que Portugal em matéria de emprego!

Em Portugal, é urgente acabar-se com estas barreiras retrógadas. A idade a experiência, nenhuma, pouca ou muita, tem o seu lugar e não devem ser consideradas como impeditivas, como estigmas.

Um candidato ao emprego com a idade de 50, 55 anos é e deve ser considerado válido para as funções profissionais desde que o seu perfil se encaixe na vaga e a mesma o receba, assim como o recém-licenciado, sem experiência profissional.

Se se continuar a exercer a política restricta de haver uma faixa de empregabilidade assente entre os 30 e 0s 35 anos com licenciatura e muita experiência, nunca teremos um mercado de trabalho consistente, dinâmico e criador de sustentabilidade social e económica!

 

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