E viva as Opções Excludentes para um Crescimento Sustentável.
E viva as Opções Excludentes para um Crescimento Sustentável.
Por que as opções excludentes são fundamentais para um posicionamento estratégico sustentável, tanto para empresas quanto para startups?
Porter mencionou, diversas vezes, que a estratégia é exercer opções excludentes como essência do processo competitivo.
Dessa forma, a essência da estratégia seria escolher o que não fazer.
Sem fazer opções excludentes, a estratégia seria algo prescindível.
A DIFICULDADE DE ESCOLHER
Mas será que é fácil o caminho das opções excludentes?
Claro que não.
Não é de nossa natureza excluir as “oportunidades”, e sim, incluir oportunidades.
No entanto, as opções excludentes partem da premissa de que nem todas as oportunidades são de fato oportunidades para todos. Podem ser para uns e não ser para outros. E isso depende de várias questões, dentre elas, o estágio do negócio, o core business, o público alvo, e outras.
Às vezes, enxergamos tudo como oportunidade e acabamos caindo numa armadilha, que nos tira do foco completamente.
E quanto mais uma empresa alcança a eficácia operacional, a qualidade e se torna competitiva, há o perigo dela se considerar tão boa que acabe acreditando que opções excludentes são desnecessárias.
E indo além. Existe a crença por parte de muitos empreendedores de que escolher entre alternativas, muitas vezes incompatíveis, é um sinal de fraqueza.
Outra crença que pode impactar na dificuldade de escolher e eliminar, é a de que atender todas as demandas do cliente é sempre o caminho. Há certa confusão sobre a expressão “foco no cliente”.
E por fim, mas sem considerar que essas sejam as únicas causas da dificuldade de se fazer escolhas e eliminar “oportunidades”, há uma percepção de que opções excludentes são assustadoras, e por vezes, não exercê-las parece mais confortável.
A ARMADILHA DO CRESCIMENTO
De fato, aqui há o maior entrave para as opções excludentes e escolhas estratégicas saudáveis para uma empresa. Aqui um alerta, principalmente para startups.
De alguma forma, há a percepção que as opções excludentes são incompatíveis com o desejo de crescimento. Tanto por parte dos empreendedores, quanto por parte de investidores.
Como justificar que vamos atender a um segmento de cliente e não outro? Como abrir mão dessa receita?
Como excluir algo que vai ser explorado pelo concorrente?
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No entanto, para um crescimento sustentável e um bom posicionamento estratégico é preciso fazer essas opções. Mesmo que cause algum desconforto.
De acordo com Porter as opções excludentes, resultam da incompatibilidade das atividades (processo), ou seja, mais de algo implica sempre em menos de “outro algo”.
Mas além de se considerar incompatibilidades no que se refere a atividades, a minha visão é que essas incompatibilidades devem também ser analisadas em relação à missão e ao propósito, e no contexto atual, há também as questões ambientais, sociais e de governança que devem ser consideradas.
Hoje, temos um universo maior de demandas, preocupações, incertezas, complexidades. E nesse contexto considerar opções excludentes deve fazer parte do processo de tomada de decisões.
Em minhas mentorias e consultas em negócios, e também em contato com investidores, percebo que a questão das opções excludentes na estratégia nem sempre tem sido bem entendida e explorada pelo ecossistema empreendedor.
Precisamos treinar a nossa mente para fazer escolhas mais seguras, tornando esse processo mais natural para nós. É preciso haver mais desprendimento e entender que nem toda oportunidade é para nós, ou pelo menos, naquele momento.
Proponho que haja mais reflexão sobre isso, evitando que empreendedores entrem na armadilha de um suposto crescimento rápido e depois tenham dificuldade para voltar ao foco, ao essencial, comprometendo o posicionamento estratégico de sua empresa.
Concluindo: Para um crescimento sustentável, é preciso, cada vez mais, nos preocupar em fazer constantes e melhores escolhas, de forma mais segura e natural, e isso implica em excluir oportunidades.
Não abandonemos alguns conceitos que podem ser vitais.
Sobre a autora:
Simone Basile, PhD USP, Founder e Head da Interactti - Inspirando Negócios Transformadores
Empreendedora, Mentora em Negócios e Investidora.
Idealizadora do conceito Negócios Transformadores. PhD em Ciências pela USP.
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Conselheiro I Liderança para Inovação I Fundador I C-level Produto I Investidor
2 aLegal Simone Basile, PhD USP. O ponto alto da estratégia é saber dizer não e evitar as distrações no meio do caminho. Estas drenam recursos, tempo e energia.
CMO - Diretor Comercial e Marketing | Gestão Estratégica e Mercado
2 aSimone, refletindo sobre o seu texto este eh o GDE desafio do empreendedor. Por muitas vezes estamos “sozinhos” tendo que tomar a decisão de optar pelo caminho a ser tomado e focado enquanto passam vários “cavalos selados” em nossa porta. Se não tivermos o propósito e a cultura bem alinhados, definidos e disseminados entre todo time, ficará muito fácil concluir que o cavalo selado que acabou de passar está levando a única ou a melhor oportunidade embora. Foco, cultura e resiliência !!!
Jornalista | Escritora | Autora Best-Seller | Ghost Writer | Mentoria “Método Digital Branding” - Marca Pessoal - há mais de 10 anos.
2 aMuito sensato, Simone Basile, PhD USP. Nos últimos anos venho fazendo exclusões e dizendo alguns nãos na vida pessoal e na profissional. Digo que é "Síndrome de Dercy Gonçalves", me referindo à coragem de me posicionar e me preocupar menos com a opinião dos outros ou com alguma escassez imaginária. Excelente seu artigo. Parabéns!
Founder at ByMyCell and BlackGenn Father | Husband | Scientist | Entrepreneur
2 aMuito bom. Aqui fizemos essa escolha bem no início, de focarmos em algumas áreas e não atender outras que nossos concorrentes oferecem. É difícil dizer não, mas no começo preferimos ser excelentes em poucas coisas do que “mais ou menos” em muitas. Vamos ver no que dá.
Founder e CEO da Óperah Soluções Empresariais e Tecnologia |Palestrante | Mentora de Empreendedores e Líderes | Mulher de Negócios | Autora Best-Seller 05 obras.
2 aSimone, Interessante reflexão. Como cita Shunryu Suzuki: "Nossa tendência é interessarmos em algo que está crescendo no jardim, não no solo nu em si. Se quisermos ter uma boa colheita, o mais importante é tornar o solo rico e cultivá-lo bem".