INOVAR PARA CONTINUAR
Algumas empresas resolvem tornar ícones em seus segmentos e por décadas mantêm-se modernas e cada vez mais competitivas, enquanto outras nem sobrevivem? A resposta para esta pergunta pode ser traduzida em uma só palavra: “Inovação”.
Inovar não tem a ver, necessariamente, com atualização tecnológica ou reformas nos sistemas da administração. É evidente que tecnologia de ponta e administração moderna contribui para a conquista e consolidação de bons resultados. Mas nada é mais importante do que a criatividade e a coragem de se reinventar diariamente.
A empresa que não se conforma em alimentar apenas o mercado com os produtos ou serviços que abriram as portas do sucesso, mas ousa sair do lugar-comum e investir em novas idéias, nunca ficará ultrapassada. Além de se adequar às novas tendências do mercado, ela será uma criadora de desejos, e aspirações. O empresário moderno lança objetos de desejo, ativa novos interesses, desperta sonhos e faz o consumidor sentir-se especial pelo simples fato de consumir o que ele produz. Enfim, esse empreendedor mexe com sentimentos e valores imponderáveis.
Este é o motivo que leva milhares de pessoas a formarem filas nas portas das lojas à espera da chegada de uma determinada smartv apesar de existirem smartvs de sobra, de diversos fabricantes! É o que motiva o consumidor a enxergar determinadas marcas como sinônimos de qualidade, e fazer reservas de lançamentos com meses de antecedência e adquirir os produtos da companhia “X” em detrimento de similares que podem até ser mais baratos e tão bons quanto, mas não possui o mesmo fascínio, a mesma aura. Inovar não significa “inventar a roda”, mas reinventá-la de modo que pareça mais atraente mais interessante e muito melhor do que na versão tradicional.
Quem apenas faz “o mesmo” pode até ter uma longa sobrevida no mercado e auferir excelentes lucros, mas jamais será “the best”. Já aquele que inova tem muito mais capacidade de superar crises, porque é realmente especial e traz a competitividade em sua essência.
Porém, inovar demanda investimento, e se a experiência não for bem sucedida, pode provocar prejuízos. Quanto mais robusta a empresa, mais suave é esse processo. Para o micro e pequeno empreendedor Tupiniquim , que corresponde a 99% do total de empresas abertas no País e gera mais de 50% dos empregos formais, a inovação é indispensável, mas o acesso a ela é bem difícil. Não faltam boas idéias a esses empreendedores, que sempre se revelam ousados, criativos e cheios de jogo de cintura. O que falta é incentivo. Hoje eles já arcam com fatores que inibem sua competitividade no contexto global: carga tributária excessiva, dificuldade para obter financiamento, altos encargos trabalhistas, burocracia… para investir em algo novo. E normal que lhe falte fôlego ou disposição. “Hoje a inovação é uma questão de sobrevivência.” (Josemar M)