A economia como análise na educação pública
Pode a carência de renda ser fator influente na educação das escolas públicas? Ao abordar a educação publica brasileira é imprescindível adotar a relação e obrigação de estatutos governamentais na questão em pauta, sendo fator inerente na qualidade de aprendizado e transmissão de conhecimento nas salas de aula e de relação direta no âmbito moral de alunos e professores. Mas como isso ocorre de fato?
O constante conflito no ambiente escolar entre alunos desinteressados e professores desmotivados nos leva à uma análise interpretativa de ambas as partes, análise essa que apresenta correlação de interesses e motivações, onde quanto mais desprezo o aluno demonstra, maior será a desmotivação do profissional pedagógico.
A crise educacional pública no Brasil não se restringe apenas à motivações pessoais, mas também ao viés socioeconômico destacado no embate divergente entre organizações educacionais públicas e privadas. É claramente visível que alunos de escolas privadas apresentam maior preparo diante de processos seletivos, não somente psicológico mas como físico, onde horas de estudos (seja na própria escola ou em cursos preparatórios) já se tornaram parte de uma rotina intensa de preparação e desenvolvimento de aprendizado avançado.
O poder aquisitivo dessas instituições e alunos é a grande questão que difere seus conhecimentos, interesses e motivações dos demais estudantes de escolas públicas. É abrangível a quantidade de fatores que influenciem tais diferenças, onde alunos pagam por acesso restrito e exclusivo à materiais físico e online de estudo, cursos preparatórios, seja para concursos públicos ou exames de acesso às melhores universidades do país, profissionais docentes com alto nível de preparação e disponibilidade, alem do ambiente de trabalho destes estudantes, onde o espaço é favorável ao pleno conforto e bem estar do aluno.
Jovens e adolescentes que vivem diariamente a realidade da educação pública são aqueles que possuem maior carência de renda, e, como consequência, não estão sujeitos ao acesso a tais ferramentas de ensino apresentadas diante das instituições de ensino privado, além de serem testemunhas diretas do desfavorável e desconfortante ambiente de estudo. È claro que o ensino precário e desigualdade atual é de enorme base para a falta de motivação destes alunos, e consequentemente mal rendimento escolar e despreparação acadêmica, o que reflete também no rendimento do pedagogo, onde a própria instituição muita das vezes não apresenta proposta de melhora (seja no local ou na aprendizagem).
Portanto, é admirável que todos possam ter a mesma oportunidade, já que a igualdade de renda é algo distante da realidade brasileira. Visando este ponto, pode-se destacar o conceito do ilustre pensador Francis Bacon, que defendia o incentivo à educação e o conceito de: "Saber é poder". Por meio dessa citação é possível refletir acerca da importância do conhecimento paro os indivíduos e atrela-se a obtenção desse saber ao ensino. Uma metodologia que vem crescendo hodiernamente é o ensino à distância, uma vez que esse traz uma miríade de vantagens. Portanto, o método de ensino à distância oferece menos gastos que o sistema regular. Tal afirmação baseia-se no fato desse trazer menos custos, uma vez que seus instituições não presenciais necessitam de menor infraestrutura e número de funcionários.
Analogamente, educação afastada confere, ao aluno, maior autonomia. Posto que este pode manipular seus horários de maneira que melhor se adeque a sua vida. No mais, o aluno ganha independência ao precisar estudar sozinho, sem o constante estresse e desconforto da sala de aula.
Em suma, o sistema educacional à distância prova-se como uma boa maneira de honrar o pensamento baconiano e difundir o saber. A fim de tornar esse método vigente é necessário o incentivo governamental. Tal como a criação de mais órgãos EAD (Ensino à distância), com o intuito de comportar mais alunos de diversas localidades do país. Ademais, a criação de campanhas que promovessem e divulgassem esse tipo de ensino pelo Ministério da Educação também seria favorável.