Educação na conta do futuro

A pesquisa conduzida pela, #Pisa 2022 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), avalia o desempenho de estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências que tem como objetivo dar luz ao desempenho dos estudantes em cada país, os principais motivos que impactam a aprendizagem local e propõem políticas educacionais para aprimorar o binômio da qualidade e da equidade na educação. Nesta última avaliação, em 2022, o foco foi à ciência da matemática, com mais questões e questionários específicos sobre o tema.

Neste relatório, publicado em 2023, o Brasil ficou na 59ª posição entre os 82 países participantes, com uma média de 418 pontos nas três áreas avaliadas, abaixo da média da OCDE, que foi de 493 pontos revela um cenário alarmante para a educação brasileira, que de cada sete entre dez estudantes não atingiram o nível mínimo esperado, reafirmando espaço para evolução no sistema educacional do país.

No viés positivo a leitura, com uma média de 443 pontos, ficou na 51ª posição entre os países participantes. Nosso melhor desempenho de 2000 quando começamos a participar do PISA.

Atualmente vivemos em um mundo Frágil (Brittle), Ansioso (Anxious), Não-Linear (Non-Linear) e Incompreensível (Incomprehensible) como, Segundo o antropólogo americano #JamaisCascio e na perspectiva dos desafios do século 21, o entendimento desta jornada de indicadores torna-se relevante, pois revelam o nível de preparação dos discentes brasileiros tanto na esfera pessoal e profissional. De acordo com professor #YuvalNoahHarari em um mundo inundado por informações irrelevantes, a clareza é poder e estudantes fragilizados em compreensão, interpretação, resolução de problemas e comunicação estarão à margem deste processo aquisição de habilidades um mundo em constante mudança.

Ao conectarmos as ideias de #Gardner e Harari, percebemos um cenário de diversidade de inteligências humanas, como proposto por Gardner, desempenha um papel crucial na capacidade humana de se adaptar às rápidas mudanças provocadas pelo avanço tecnológico e pelas transformações sociais descritas por Harari. Enquanto Gardner reconhece e nutri talentos diversos em um mundo cada vez mais complexo, Harari alerta para os desafios éticos e existenciais que surgem à medida que nos tornamos capazes de reescrever não apenas nossa história, mas também nossa biologia.

Diante deste cenário, onde sistemas computacionais e algoritmos ganham cada vez mais protagonismo, o ensino em matemática torna-se fundamental para que o Brasil possa, não só melhorar a sua posição no relatório do Pisa, como alavancar a competitividade no processo de inovação neste cenário globalizado.

Ela desenvolve discentes com maior capacidade em raciocínio lógico, abstração e argumentação, permitindo, por exemplo, modelar e entender fenômenos naturais, sociais e econômicos, ampliando nossa visão de mundo.

A utilização de tecnologias como aliadas no processo de ensino e aprendizagem é forma de melhorar o ensino do país, principalmente na matemática. Oferecendo recursos pode oportunizar que discentes possam aprender de forma ativa, interativa, colaborativa, respeitando suas necessidades e o seu ritmo. O ambiente de aprendizagem virtual também pode oferecer orientações, feedbacks e análise desempenho no apoio da jornada, além de proporcionar um maior engajamento dos discentes no seu processo de aprendizagem.

O Harari argumenta que o sistema educacional atual muitas vezes ensina habilidades que rapidamente se tornam obsoleto, devido ao ritmo acelerado do avanço tecnológico. Ele sugere que, em vez de focar em habilidades específicas, a educação deveria enfatizar a capacidade de aprender continuamente e se adaptar as novas situações.

Com a personalização, uso da tecnologia e geração de múltiplas soluções de aprendizagem a o ensino de matemática de qualidade é um processo contínuo que exige colaboração entre professores, alunos, famílias e comunidade. Ao implementar essas estratégias e buscar sempre a inovação, você estará contribuindo para a formação de cidadãos críticos, criativos e preparados para os desafios do século XXI.

Estas ideias nos convidam, não apenas a refletir sobre o que nos torna humanos, mas o que podemos nos tornar à medida que caminhamos por um futuro incerto, impulsionados pela diversidade de nossas capacidades e pelas narrativas que tecemos sobre nós mesmos e o mundo que habitamos.

Com Sheila Ladany