EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA


  Quando se pensa em uma educação transformadora, não se pode limitar o conceito de transformação a uma única visão. Dentro das diferentes ideologias e visões de mundo as quais são individuais, subjetivas, também encontraremos variados conceitos do que seria uma educação capaz de transformar o mundo em um lugar melhor, o que não implica dizer que uma visão está mais certa ou mais errada que a outra, porém é necessário esclarecer os motivos que originaram e sustentam tal concepção para pautar de forma assertiva os objetivos e estratégias pedagógicas, tornando as práticas adotadas significativas, tanto para o educador quanto para o aluno.

   

  A educação é uma ferramenta funcional de transformação social, porém é necessário saber quais são as transformações que a comunidade escolar e a sociedade que a envolve deseja e é nessa hora que as contradições causam a estagnação e o caos vistos na educação brasileira contemporânea.


  A história de cada pessoa, assim inclui-se também os educadores, é única e é ela a responsável pela idiossincrasia, ou seja a visão de mundo de cada indivíduo. Suas sensações, suas dores, suas expectativas, o conhecimento absorvido à sua maneira única conduzem suas suas ações e por esse motivo a melhor maneira de tornar suas práticas pedagógicas eficientes é se conhecendo e assim terá a capacidade de adaptar o conteúdo a ser mediado junto aos alunos de forma assertiva e eficaz. Não significa que todo o educador irá "catequizar" seus alunos e impor-lhes sua ideologia, afinal, o educador precisa seguir o currículo da escola e ali encontrará a "ideologia" interna da instituição, que deve ser respeitada. A razão da necessidade de estar ciente de sua idiossincrasia é a mesma razão de se considerar os conhecimentos prévios de seus alunos. Da mesma forma que o aluno não terá um aprendizado satisfatório sem um embase, sem um link prévio ao qual esse conhecimento possa se conectar, o trabalho do professor não alcançará o seu pleno potencial se não estiver ligado a algo familiar ao professor e auto conhecimento, suas emoções, suas vivências anteriores, seu conhecimento sobre o que será apresentado ao aluno é o que conduzirá suas práticas ao sucesso ou a um possível fracasso, tanto do educador quanto de seu aprendiz. Tendo conciência de suas dificuldades, seus conflitos ou das afinidades com o material a ser trabalhado, o educador pode traçar estratégias conscientes maximizar suas práticas pedagógicas e elevar ao máximo o potencial de sucesso do processo de ensino aprendizagem.


  Ainda é preciso citar que, para o professor, tão importante quanto a formação continuada é o autoconhecimento, e isso implica, entre outras coisas, em se atentar às suas habilidades socioemocionais.


  É parte das funções do educador estimular o desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais do aluno, porém se esquece de observar tais habilidades em si mesmos. Estudos comprovam que, na atualidade, o Q.E. (Quociente Emocional), ou a inteligência emocional é mais importante para um profissional do que o Q.I. (Quociente de Inteligência) e esse fato tem um peso ainda maior em se tratando do professor.


  Agora, avaliando a si mesmo é se pode ponderar sobre a seguinte questão: Que educação queremos? Tal indagação permeia os meios educacionais, especialmente no que diz respeito a área de gestão, mas quando é colocado aqui que tal questionamento deve ser subjetivo, deve-se considerar que toda ideologia, toda a ideia que se estende a um conjunto de sujeitos está condicionada a idiossincrasia subjetiva de cada um desses indivíduos. A unidade da sociedade está sujeita a opiniões individuais que muitas vezes leva a contradição entre pensamentos, palavras e ações, daí a necessidade do auto conhecimento para buscar a resposta.


  Ao se deparar com a pergunta: "Que educação queremos", logo se tem as respostas românticas e que realmente fazem parte da busca da grande maioria dos professores, porém o quanto cada um está disposto em realmente colocar em prática ações que levem aos objetivos primariamente imaginados? E se for colocada em prática, qual será nossa reação em caso de resultados satisfatórios? Esses resultados, se alcançado por todos os alunos inseridos no contexto escolar e acadêmico realmente agradaria ao educador, ou seria destinado a um grupo restrito?


  A educação que transforma é uma sentença. É uma certeza. A questão é que transformação o sistema educacional pretende tornar realidade.

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