Em qual lado da caixa você está?

Resolvi, depois de meia década (contém hipérbole), fazer outro artigo por aqui. Dessa vez, a reflexão é sobre a famosa caixinha, aquela mesmo que a gente costuma passar anos lá dentro com o pensamento quadrado e sem noção da perspectiva que existe além das paredes de papelão. Bom, esse é o principal conceito de "pensar dentro e fora da caixa" que nos é pregado, mas hoje eu trago uma visão "pensar fora da caixa" de fora dessa caixa que nos encaixotam (Entendeu? Nem eu).

Recentemente, fiz duas enquetes que me serviram como estímulo pra esse artigo. A primeira provocação foi pra entender como as pessoas estavam, profissionalmente, após esses quase dois anos de pandemia. Fiquei bem feliz de saber que a maioria está em uma crescente no sentido do sucesso, apesar da quantidade de pessoas buscando recolocação ter sido bem significativo (Alô alô recrutadores, olhem o timing).

Decidi então colocar uma situação hipotética e fazer outra pesquisa rapidinha, dessa vez o objetivo era medir o quão aventureiro você é para desapegar de sua área de conhecimento e arriscar outras oportunidades em um ambiente incerto mas que se tenha afinidade. Mais uma vez me surpreendi com pessoas que estão dispostas a absorver mais e mais conhecimento e então "sair da caixa".

Retomando a reflexão central do artigo, trouxe um TEDx com o Michael Bahr, Diretor da Utah Shakespeare Festival, que apresenta algumas informações muuuuuuito legais sobre aquele conselho profissional tão repetido no meio corporativo: "Você precisa pensar fora da caixa".

Pensar ou ir pra fora da caixa é fácil?

Então, a verdade é que nunca sairemos da caixa ou pensaremos fora dela.... Ta passada?

Isso mesmo, na verdade a gente só muda de caixa, mas calma que vou explicar melhor como funciona.

Somos programados pra naturalmente quebrar barreiras e "sair da caixa" desde pequenos. A "caixa" nos impõe regras/limites/parâmetros pra serem ultrapassados e ultrapassar as fronteiras dessa "caixa" é que nos faz sair dela. Quando éramos bebês, decidimos que ficar parados no mesmo lugar não era legal, precisávamos de mais (olha lá, primeira vez que olhamos fora da caixa) então decidimos engatinhar. Logo depois, já não era mais suficiente, melhor mesmo era andar (outra saída da caixa). Percebem que na verdade a gente sai de uma caixa e entra em outra? Pois bem. Michael fala de 5 passos sobre esse processo pensar fora da caixa, vamos ver quais são:

1. Conheça a sua caixa
2. Abrace a sua caixa
3. Se puxe pra fora da caixa
4. Construa uma nova caixa
5. Repita os passos

Olha só, pensar fora da caixa é um ciclo que não pode ser quebrado. Qualquer ruptura neste ciclo te põe na famigerada zona de conforto. O exercício é sempre reconhecer o ambiente onde estamos, entregarmos o nosso melhor, saírmos desse ambiente, construir um novo ambiente e reiniciamos os ciclo.

Se tudo estiver fluindo bem e tranquilo, há algo de errado. O caos não é um abismo, é uma escada que te leva a um outro patamar.

Voltando pras enquetes, mais especificamente a segunda, eu vou deixar uma reflexão: ser apegado e não mudar ou até um talvez, mas depende, te deixa na zona de conforto ou te tira da caixa?