Emparelhamento Técnico (Poesia)

Estava na internet jogando papo fora, foi aí que eu encontrei uma jogadora boa de bola. Ela joga no meu time, ela veste o meu número, só não tenho muita certeza se ela calça tá comigo de pé junto. Ela é um partidão, tem que jogar na seleção, pois convenhamos, ela tem um gosto bom. Começando a partida, logo lembro de você, não sei porquê mas tudo levar a crer que eu sou você. Nós jogamos no ataque a nossa camisa é 21, mas quando conversamos tudo vira 1. Você toca para mim e eu toco pra você... que bate bola bonito, parece até Pelé e Zico, jogando em Porto Rico. O tempo passa muito rápido já estamos bem bolados, será que era pra ser ou foi tudo tramado? Está todo mundo bobo com nosso entrosamento fenomenal, será que está tudo certo ou falta mais mingau? A mistura é gostosa, parece até uma gelatina, meche para cá e pra lá e tudo continua em cima. Acabou o intervalo, o lanche já foi feito, vamos continuar, parece não ter jeito. O segundo tempo se inicia não sei pra quê tanta poligamia, eu você, você eu, isso já virou uma só companhia. Vamos sempre nesse ritmo, sempre tocando a  nossa bola, nosso time é muito bom sempre ganha com grande forra. O jogo acabou, foi uma goleada, marcamos toda hora, numa só pernada. O técnico aprovou a nossa parceria e disse que é pra sempre a nossa empatia. Vou ficando por aqui, tô precisando descansar, é muita energia que acabamos de usar.

Chute De Amor No Coração,

Paulo Monjardim