ENCANTADORES DE SERPENTES

João Batista Araújo de Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, especialista em Educação, publica hoje no Estado de SP, um significativo artigo e adverte: "Nenhum candidato situa a Educação no centro da política econômica, como pilar para a formação de capital humano. A ficha ainda não caiu".

Exatamente igual ao que fazem com a Desigualdade.

Nenhum candidato colocou os Combates à Pobreza, e à desigualdade, no centro da política econômica.

Tratam-na de passagem, como um item do programa, sem estruturação de planejamento detalhado, sem estrutura gerencial de implantação, nem instrumentalização para a medição do impacto real causado na população.

Repetem como papagaios números sobre a nossa iniquidade, sempre alçando o problema, e tendo como solução algo parco, genérico, insubsistente para resolver o problema.

É preciso muito mais do que isso, se, de fato, quisermos extinguir a extrema pobreza - possível em 4 anos- e, elevar o patamar de renda do estamento que se encontra na pobreza.

É preciso tocar nos cerca de 370 bilhões que temos de isenções e desonerações, 100 bilhões para ricos e não necessitados;

Realizar um Orçamento Base Zero para 2024 para eliminar todos as injustiças, privilégios e velhacarias contidas no atual de 2023, e que segue a orientação dos anteriores. Para isso, é preciso começar do Zero, desconsiderando as armadilhas e malandrices dos anteriores.

É preciso haver uma reforma tributária, sobre a qual, nem Lula, nem Bolsonaro se posicionaram com profundidade, vagando pelas beiradas da superficialidade com a esperteza de quem foge do principal , costeiam o alambrado.

Reforma que funcione ativamente como distribuidora de renda, evitando a regressividade.

A melhor, até agora, é a de Bernard Appy, em tramitação na Câmara, sem compromisso direto dos candidatos.

É preciso que cada ministério tenha pelo menos três projetos dedicados à eliminação da extrema pobreza, com curto, médio e longo prazos, para criar sinergia e todo o governo trabalhar nessa direção.

Candidatos , sem exceção, são encantadores de serpente, que é eufemismo para quem tenta seduzir e enrolar os outros.

Na verdade, são uma triste realidade de um país que não luta para eliminar a extrema pobreza e faz de conta que isso é natural.

Triste Pindorama!

natural é viver com dignidade

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