Enfrente e em frente
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A sabedoria japonesa fala sobre os dias de muita neve e o que acontece com a cerejeira e com o salgueiro. O ramo da cerejeira, de madeira mais rígida que a do galho do salgueiro, na medida em que a neve vai caindo sobre ele, acaba por quebrar; o salgueiro, de ramos mais finos e flexíveis, ao cair a neve sobre ele, vai-se inclinando e curvando, mas não se quebra, até que a neve, vencida, cai por terra e o galhinho volta ao seu estado natural. O moral desta história é a sobrevivência, que nos faz receber as cargas do dia a dia e, apesar de irmos nos curvando ao peso das dificuldades, não nos deixamos abater. O salgueiro ensina que curvar é simplesmente adquirir resistência para poder se levantar novamente e, assim como a neve, todas as coisas neste mundo são passageiras, inclusive nossos fracassos e as nossas vitórias. O segredo da vitória é continuar a avançar.
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Estendamos o braço na horizontal e seguremos um quilo de sal; no início parece fácil, afinal, é apenas um quilo, porém, no decorrer do tempo, o braço vai cansando e a posição se tornando mais dolorosa e o quilo de sal vira um peso dez vezes maior. O segredo? É desviar o foco da dor no braço e reparar nas coisas que nos cercam, a cor da parede, a lâmpada no teto, a paisagem da janela, a posição dos móveis e, assim, poderemos resistir muito mais facilmente. É o que acontece com as coisas da vida. Se mantivermos nossa mente focada só nos problemas, a dor vem para cima da gente e um quilo vira uma tonelada. Diante de uma séria adversidade, buscar resistir. Não pensar em aguentar uma hora, ou um dia, um ano, a vida toda; focar apenas num minuto mais, depois noutro minuto a mais, e assim, pouco a pouco, dando tempo ao tempo, vamos passando por cima dos obstáculos.
Devemos saber dar à vida o valor que as coisas realmente têm. Não focar na busca pelo dinheiro, da fama, da promoção no trabalho; no carro novo, na casa maior, no Iphone mais moderno, pois essas preocupações nos deixam tensos e ansiosos. O grande fantasma do consumismo aterroriza nossa alma e nos torna imensamente materialistas, nos distanciando da felicidade relativa que nos cabe. Saibamos focar e conformar-nos com as coisas simples. Não se trata de renunciar a ter mais, e sim estar em paz com o próprio coração para, depois, prosperar um pouco mais, sabendo realmente o que é que podemos fazer, como podemos fazer e concentrar toda a nossa atenção nessa conquista. Quando cairmos, vamos nos levantar uma vez e, se preciso, mais uma vez e mais outra. Seguir adiante, sempre em frente! Ou seja: problema? Enfrente.