Entendendo o Escopo 3 na sua operação, uma Chave para Cadeias de Suprimentos Sustentáveis
Nossa consultoria realiza o inventario de GHG para vários tipos de operações, mas dúvidas são normais por parte dos nossos clientes, por isso sempre penso em como posso ajudar nossos colegas através de estes pequenos textos.
Vamos para mais um;
As emissões do Escopo 3 são indiscutivelmente o aspecto mais crítico da compreensão do que está acontecendo em toda a cadeia de suprimentos.
Seja qualquer negócio, o Escopo 3 é particularmente crucial.
Por quê?
Porque a redução das emissões no transporte não afeta apenas uma operação, mas pode ter um efeito cascata, reduzindo as emissões a montante e a jusante em toda a cadeia de valor.
A questão:
As emissões do Escopo 3, que incluem emissões indiretas da produção de combustível, transporte upstream e até mesmo descarte no fim da vida útil do navio, costumam ser os maiores contribuintes para a pegada de carbono de uma empresa.
No entanto, devido à sua natureza indireta, essas emissões são complexas e difíceis de rastrear.
O problema:
Muitas organizações, especialmente no setor de transporte, acham difícil coletar dados precisos do Escopo 3 de fornecedores globais e parceiros logísticos.
Os fatores de emissão podem variar muito, levando a discrepâncias na forma como as emissões são calculadas e relatadas.
A solução:
As organizações podem calcular e reduzir as emissões do Escopo 3.
Concentrando-se em:
Colaboração com fornecedores:
Envolva os fornecedores para fornecer dados mais precisos e adotar práticas sustentáveis e de baixo carbono em suas operações.
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Logística de remessa otimizada:
Otimize a rota e consolide as remessas de carga para melhorar a eficiência de combustível e reduzir as emissões.
Adoção de combustíveis alternativos:
Use biocombustíveis, hidrogênio ou outra qualquer energia alternativa de baixo carbono para reduzir as emissões relacionadas ao combustível upstream.
Integração de Avaliação do Ciclo de Vida:
Implemente a ACV para avaliar o impacto ambiental total dos materiais, garantindo uma visão abrangente das emissões.
Práticas de economia circular:
Foco na reciclagem e reutilização de materiais, especialmente em fim de vida, para reduzir resíduos e emissões.
Gerenciamento e rastreamento de dados:
Invista em ferramentas digitais que forneçam rastreamento de emissões em tempo real em toda a cadeia de suprimentos, garantindo precisão e transparência dos dados.
Os resultados:
Ao implementar essas estratégias, as empresas podem dar passos significativos para descarbonizar suas operações, melhorar seu perfil de sustentabilidade e alinhar-se às metas climáticas internacionais.
Isso não apenas resulta em emissões gerais mais baixas, mas também aumenta a resiliência da cadeia de suprimentos e a reputação da marca.
Estamos juntos
+ 40 anos consolidados, de vida profissional, exercendo vários cargos até alcançar a Vice-presidência em ESG / QSMS-RS & Sustentabilidade para fundos de investimentos, atuação nas áreas de Óleo & Gás, Energia, Portos e Mineração em mais de 15 países da América Latina, África Ásia e Oriente Médio.
Autor de artigos, mentor, professor e palestrante sobre ESG / Sustentabilidade & QSMS-RS.
Post-doc. /Aberdeen, UK, MBA/Harvard U., PhD/UCLA, MSc/Texas A&M, BSc/ Maryland U., BSc /UFRJ.
Professor Associado na Fundação Dom Cabral
4 dSociabilizado!
ESG|Logística Reversa|Crédito de Carbono|Gestão Ágil|SGI|Sustentabilidade (The Natural Step)
5 dO maior problema é dimensionar o escopo 3 dentro da cadeia de suprimentos. A análise de ciclo de vida de produtos é um bom caminho, porém também necessita estabelecer um corte dentro do supply chain. A norma ISO 14.072 (Gestão Ambiental — Avaliação do ciclo de vida — Requisitos e diretrizes para a avaliação do ciclo de vida organizacional) se constitui num bom direcionador, pela amplitude.