Entre sem bater, a porta está aberta
Em tempos de pandemia, fomos obrigados a aceitar um novo normal, reaprendendo a viver e amar. Amar a vida, principalmente, pois de repente ela se tornou efêmera, pequenos encantamentos tornaram-se grandes movimentos. Passamos a valorizar as pessoas ao nosso lado e, de onde nem sonhávamos, encontramos força, alegria e entusiasmo. Ressignificamos alguns conceitos e pequenas conquistas tornaram-se grandiosas. É... o mundo está mudando... e fomos obrigados a embarcar em grandes desafios.
Memórias
Éramos sete: meus pais, minhas duas irmãs e meus tios avós que, velhinhos, apresentavam muitas necessidades especiais. Eu queria dar a todos eles apenas o conforto material, pois já traziam no espírito o amor incondicional. E esse amor, tinham de sobra. Mais tarde, depois de adulta, percebi que a necessidade de prover o conforto material era desnecessária e que o meu sonho era outro, mais ambicioso.
Na verdade, eu sabia que queria constituir a minha família e criar um lar semelhante ao da minha infância, eu queria uma casa que pudesse acolher as pessoas, os amigos, os namorados e quem quisesse entrar – uma casa que tivesse memórias, histórias, muitas risadas e muitos abraços, e, como vivi, o amor deveria transbordar e jorrar pelas janelas.
Muita garra
Infelizmente, grande parte da população brasileira não consegue sequer ter sonhos. Sempre que penso nos meus, não consigo deixar de imaginar o que as pessoas que vejo na rua possam estar sentindo.
Há algum tempo, encontrei uma referência a esse pensamento em uma crônica do Fernando Bonassi “Quando chove é fogo, viu!” que, delicadamente, nos conduz a espaços de discussões e múltiplas leituras. O texto foi publicado no livro A vida da Gente, Editora Formato, que propicia a fácil compreensão de assuntos do dia a dia, conversando com adultos e crianças a respeito de problemas vividos por muitos de nós. Nesse, especialmente, a visão de uma criança que tem a sua vida ameaçada por enchentes e que, por esse motivo, carrega sentimentos não condizem com a sua idade.
Momentos compartilhados
Hoje, todos estamos expostos a uma doença que, no início, mostrou-se tímida, mas tem acabado com a paz e com a tranquilidade mundial. Como podemos ficar tranquilos diante de tantas incertezas? Somente mantendo o controle e cumprindo as determinações sanitárias. Entretanto, eu me pergunto: como ficam aqueles que não conseguem ou não podem cumprir tais determinações?
Sempre poderemos ajudar, ainda que através de pequenas ações, como a de ouvir as aflições do próximo. A única certeza é a de que termos uns aos outros, as nossas dores são as mesmas, a nossa humanidade precisa falar mais alto, para gritar e acordar os que parecem estar em um caminho surdo e solitário.
Chegou a hora
É o momento de arregaçarmos as mangas e trabalharmos os nossos sentimentos, a empatia, a resiliência e a inteligência emocional. Chegou a hora de honrarmos a existência humana, investirmos na construção de novos sonhos, planos e projetos e, com tranquilidade, traçarmos o caminho da esperança e do amor ao próximo.
Um convite delicado
Convido você a embarcar comigo em uma viagem de sonhos, lembranças e muitas descobertas para que, juntos, possamos crescer e buscar alternativas para uma vida melhor, sem medos ou culpas, seguindo em frente e aprendendo a superar as frustrações em um mundo tão complexo ou... quem sabe, tão simples.
Claudia Alba Natali Malagri é Licenciada em Letras, Pós-Graduada em Gestão Educacional e Especialista em Gestão de Riscos Pessoais e Patrimoniais; Ama a Vida, os Sonhos e a Literatura.
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4 aAdorei o artigo, querida Claudia. Parabéns!
Fundador R. Muller - Consultoria em Seguros de Vida | Mentor em Vendas consultivas de Seguros de Vida | Coach |
4 aArtigo fantástico!!! Claro e animado!! Isso aí vamos ressignficar!!
Corretora de imóveis na Nitschke Imóveis
4 aParabéns amiga. Estamos sempre nos adaptando. Este é um dom do ser humano.
Missão de ajudar a transformar a sociedade pela Educação
4 aressignificação, adoro essa palavra... "a evolução da sociedade influencia o ritmo das nossas vidas e quem administra bem o tempo ganha vida"