Escalar ou não escalar, eis a questão!
Dando sequência ao texto anterior, caso você ainda não tenha tido a oportunidade de ler, segue o link novamente: As fases de um negócio digital
Indaguei no início do texto anterior se você já passou por uma frequência de sinergia diferente em algum de seus desafios profissionais, conseguiu identificar a potencial causa disto? Vamos explorar um pouco mais desta perspectiva.
Você se sente mais confortável com estrutura, talvez com uma rotina e certa previsibilidade? Quem sabe fica mais animado em testar, errar e buscar uma nova forma de fazer as coisas? É disto que se trata e tá tudo bem...
Agora as coisas podem ter ficado mais esclarecidas né?! Quando não estamos num desafio no qual podemos usar todo o nosso potencial, nossas forças, nos sentimos um peixe fora d'água, as coisas ficam menos interessantes. Não entenda mal, não quer dizer que você só vai ser feliz e trabalhar bem se encontrar um fit entre tuas forças e as necessidades que a empresa tem naquele estágio de vida dela. Só estou querendo trabalhar a hipótese de que talvez, e um longo talvez, seja mais complexo e trabalhoso de conseguir extrair todo o potencial dos dois lados.
E o que isto tem a ver com escalar ou não um negócio, você deve estar se perguntando. Pois bem...
Antes de mais nada, temos a premissa que:
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É chegado o momento, seu negócio já pode dar o próximo salto. Voltamos ao exemplo do texto anterior de uma modelagem de negócio digital.
Diferente de quando você está na fase de criação, agora você tem um mercado que gera um resultado e possibilita avançar em novos testes. Aqui se faz necessário um novo conjunto de habilidades do gestor e sua equipe, uma orientação ao modelo lean/ágil, um perfil que toma mais riscos calculados ao que prefere a segurança do resultado mais previsível, uma equipe mais auto gerenciável e que tem liberdade de tomada de decisões em testes rápidos são alguns dos exemplos que podemos colocar na mesa.
Do outro lado. Não adianta ter essa stack se a operação não está preparada para as mudanças que isto pode vir a acarretar. Novas configurações tributárias, novo fluxo de pagamentos e recebimentos, novos estoques, novas modalidades logísticas, aumento no fluxo de informações e requisições, tudo isto está em jogo. Preparar não somente a área em questão mas toda a organização é essencial antes dos primeiros testes. Já passei por alguns destes problemas, uma operação que não estava pronta para o aumento de demanda em curto/médio prazo, o que acarretou entre ser uma referência no segmento para a pior nota do Reclame Aqui em um espaço de 9 meses.
Outro fator importante, escalar não significa necessariamente no modelo a la startups, dobrar de tamanho periodicamente em busca do ramp up e injeção de capital externo para ficar a frente no mercado, é possível seguir uma linha estratégica mais sustentável, de crescimento contínuo, como apresentado nos livros do Jim Collins, se você ainda não leu, vale a leitura!
A velocidade das mudanças operacionais, táticas e estratégicas, vai depender da escolha que você irá fazer. Escalar mais rápido requer mais capital de giro, balança mais a estrutura atual da operação e pode criar gargalos que precisam ser trabalhados enquanto o avião não chega na velocidade de cruzeiro (estabilidade). No outro extremo escalar mais gradativamente pode abrir oportunidades para um concorrente atento ou até um novo entrante.
Chegou o momento, hora de entender onde estão as oportunidades ao diagnosticar seu negócio para a fase de escala, vou levantar algumas hipóteses e expor aqui na newsletter, se você chegou até aqui, dê um feedback sobre o que achou do conteúdo :)
Analista Sênior de Negócios | Especialista em eCommerce & Marketplaces | CSM & CSPO
2 aMuito bacana, Zé! Quando puder, gostaria de sua abordagem sobre esse tema de escalabilidade sob a ótica dos marketplaces. Isto é, quando é o momento ideal para se adotar esse rumo.