Escrever é igual a uma partida de futebol

No lançamento do meu livro Comunicando com estratégia, em agosto do ano passado, na Livraria Nobel do Shopping Bougainville, em Goiânia (GO), eu tive o prazer de receber dois craques do futebol brasileiro: o atacante Tulio Maravilha e o goleiro Kleber Guerra. Assim como Pelé e Romário, Tulio fez mais de 1.000 gols na carreira. Já Kleber evitou igual ou maior número de gols.

Tulio Maravilha e Kleber Guerra têm algo em comum. Iniciaram suas carreiras e ganharam projeção nacional no Goiás Esporte Clube e brilharam em clubes cariocas – Tulio no Botafogo e Kleber no Fluminense. Eles são ídolos de um esporte tão empolgante quanto à comunicação escrita. Em um trecho do capítulo 12 do meu livro “A arte de conVENCER”, ressalto que escrever um texto é igual a uma partida de futebol porque ambos podem ser emocionantes.

No esporte, cada jogador tem sua função e todos têm como meta apresentar um bom espetáculo e conquistar a vitória. Na escrita, para que uma redação “vença” o jogo – e convença –, deverá haver um conjunto de orações, cuja mensagem central seja clara. O torcedor, ou melhor o leitor, necessitará sentir a emoção do seu jogo de palavras. É preciso haver sincronismo entre o elenco: substantivos, verbos, pronomes e adjetivos. Nessa partida, você é o técnico e, por isso, deverá montar o melhor esquema tático para que as palavras tenham bom entrosamento.

Como uma bola, a imaginação vai deslizando no gramado – aliás, no papel ou na tela do computador. Os parágrafos vão se ligando uns aos outros, como lançamentos perfeitos até chegar ao fim com uma pintura de gol. “Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias”, já dizia o “craque” da poesia, Pablo Neruda.

Na comunicação escrita constatamos que há termos mais adequados do que outros para transmitir determinadas ideias ou informações aos diferentes públicos. Assim como uma boa partida de futebol, um bom texto deve mexer com o coração e a imaginação dos leitores. Para redigir bem não cometa a falta grave de desconhecer detalhes sobre o assunto em questão. Ah! Seja responsável com os verbos e tenha respeito às regras do jogo da gramática.

Entre em campo com criatividade! Coloque sentido nas orações para que não haja nada ilógico. Mantenha a coerência e a coesão nos textos. Dê cartão vermelho aos erros de português e chute para escanteio os excessos. Marque um golaço na escrita e seja um craque na comunicação!

 *Luiz Augusto Araujo já foi lojista, trabalhou como assessor de imprensa e depois como coordenador de marketing em shopping centers. Atualmente presta assessoria para o Sicoob Goiás Central e atua como consultor e palestrante nas áreas de vendas, atendimento ao cliente, comunicação e motivação. É autor dos livros “A arte de conVENCER” e “Comunicando com estratégia”. Mais informações no site www.luizaugustoaraujo.com.br