Escritos de Ponta Negra - muitos poderes, super poderes, empoderados poderes

Escritos de Ponta Negra - muitos poderes, super poderes, empoderados poderes

Acordo e percebo que vivo, na obviedade da existência penso que certo poder de decidir quem fica e quem parte, encontra guarita na mente de muitos. 

Tem quem credite a chuva que cai e a seca que esfomeia, a poder divino.

Tem quem crê em poderes políticos, eclesiásticos, físicos, amorosos.

O poder é fascinante, inebriante, inerente à certas coisas, ele faz subir, descer, enriquece, empobrece, renova, envelhece...

Como o poder espiritual não decretou meu fim, contente com mais um dia para usufruir existência, corri na motoca para meu templo, pois sempre é tempo para agradecer, cada momento que o poder me concede ser e estar, aqui e em qualquer lugar.

E chego, confio meus pertences a pedras seculares, mergulhando corpo no oceano Atlântico, recepcionista de corpos diversos, ávidos por refrescâncias e significâncias, sendo a minha presença no aquário potiguar de Ponta Negra, mistura de pensamentos de gratidão, com usufruto de diversão e aquela natural observação poética, já presente e imanente em meu espírito impermanente. 

E vejo as ondas, avançando nas pedras, espargindo gotas, sem julgamentos, indo, obedecendo a translação terrestre, que na mudança dos polos, balanceia águas para cá e para lá, em preamar e enchentes, normais, não ligando a maré para objetos, de quem são, molhando a todos, numa prova cabal que tornados, vendavais, secas, enchentes, redemoinhos, obedecem apenas ao poder dos ventos, temperaturas, encontros e desencontros que nada tem a ver com poderes divinos, pertencentes a vontades ou caprichos de entes, individualidades, sendo um poder normal, já estudado, comprovado, devidamente protocolado pelas ciências sabidas. 

Se então o poder segue regras por nós compreendidas, que outro poder está no campo do nosso alheamento?

Observei então em retrospectiva imersão os poderes humanos, os podres poderes, e vi na tela de minha reflexão as reações. Para cada ser que exerceu poder de maneira negativa, eventos iguais sucederam. 

No ponto inverso, idem. Então a despeito do poder natural que rege a vida física, com ações resultando de efeitos igualmente físicos, surge um outro tipo de poder, que reage a provocações. 

Chamam de Karma. Esse poder então tem consonância com seu agir. Sua efetividade futura reage a sua atividade presente.

Os poderes estão aí. Como percebemos não existe uma divindade castigando regiões e premiando rincões. 

A física rege o universo físico, enquanto nossos atos regem o universo espiritual. 

Se não queremos que águas revoltas molhem nossos viveres com os perigos da fome, violência, maledicência ou debilidades várias, cuidemos de existir de maneira correta, decente, amando, respeitando, procurando ajudar, interagindo, fluido, existindo...

Muita luz e bom fim de semana para todos.

LuzZzzz

Flávio Rezende aos dezessete dias, décimo primeiro mês, ano dois mil e dezoito.11h20. 

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