Estamos mudando?
É curioso como as vezes a tecnologia vem de forma tão disruptiva e forçam mudanças de paradigmas pré-estabelecidos forçando ou induzindo as pessoas a saírem de seus status quo. Cito por exemplo, o aplicativo AirBnB e os concorrentes entre si Uber e 99. Todos estes trouxeram uma nova forma de entender casa e carro.
Não é novidade para ninguém que brasileiro que é brasileiro têm (ou tinha) dois sonhos, o da casa própria e do carro próprio. Hoje vemos que cada vez mais pessoas estão deixando de sonhar com a compra de um carro e passando a usar aplicativos como os citados acima, elas fizeram as contas e concluíram que é financeiramente mais interessante não ter um veículo próprio.
Quanto à sonhada casa própria, os brasileiros ainda são resistentes, mas já não são mais tão territoriais quanto foram um dia. Cada dia que passa aparecem novas pessoas disponibilizando aquele quarto “a mais” para locação a um terceiro, fazendo assim uma grana extra. Sem contar as regiões que possuem festas populares onde o número de visitantes supera a quantidade de acomodações nos hotéis da cidade, proporcionando aos moradores locais dispostos a deixarem suas casas, uma possibilidade adicional de ganho. Como assim? Eles saem de suas residências liberando estas para locação pelo período do evento, ficando durante este período na casa de parentes e amigos, ganhando assim um valor extra, é o caso, por exemplo, dos moradores das cidades de Garanhuns, com seu Festival de Inverno e Barretos, com sua Festa do Peão.
Empresas como as citadas acima e outras como Estante Virtual, Enjoei.com e OLX, além de iniciativas individuais com os grupos de troca no Whatsapp e no Facebook, nos mostram que o que chamávamos de uma percepção capitalista e voraz de lidar com os bens de consumo vem gradualmente mudando. Comprar por comprar já não faz mais tanto a cabeça de muitos, dos geração Y aos Millennials. Na economia de hoje, para que as marcas consigam se estabelecer no mercado precisam entregar muito mais que produtos, precisam entregar propósitos.
Por uma economia cada vez mais colaborativa, pelo crescimento sustentável e por mais entendimento do que realmente deve ter valor em nossas vidas. Nosso mundo agradece!