Estudante: uma carreira sem fim e ainda bem!

Estudante: uma carreira sem fim e ainda bem!

Exatas, humanas, biológicas, sociais. Não importa. Se você é tecnólogo ou aprendiz, artista ou poeta, empreendedor ou autônomo. Você, se quiser se manter em alguma carreira ou profissão, não pode parar de estudar. Parou, começou a andar para trás. E os outros vão passando do seu lado sem você nem notar.

Parece aterrorizante para alguns e estimulante para outros. Informações são produzidas, analisadas e interpretadas como nunca. Big data, Machine learning e Inteligência artificial estão avançando em todos os mercados e direções. Ops, você não sabe o que essas “coisas” significam e o que fazem? Partiu estudar!

Coitadinho do Googlebot, como ele trabalha! Bilhões de pesquisas a cada dia. Não, não estou usando hipérbole. É isso mesmo! Conhece esse moço? Não? Dá um google!

O conhecimento avança de forma exponencial em todas as áreas do conhecimento e mais do que isso, nós - consumidores de tudo - estamos mais informados, exigentes e ávidos por novidades. O que isso impacta? Desejo por novos produtos, serviços e experiências que sejam mais convenientes para nós (e de preferência, mais fáceis e baratos). E assim, todas as profissões são acionadas como em grande engrenagem para criar esse mundo para nós.

Então surge a possibilidade de aplicação de novas tecnologias para produzir um carro sem motorista. Louco e legal. Inimaginável até mesmo para os Jetsons. Imagine os profissionais envolvidos diretamente nesse desenvolvimento: o que tiveram que aprender ou seria desaprender? E os indiretamente envolvidos? Os motoristas de caminhão ou particulares, os manobristas. E por aí vai.

O mundo está mudando. Rápido, um tanto descontrolado, talvez. Então, te pergunto: dá para ficar assistindo de boa, sem se mexer? Até dá, mas se estamos falando em carreira, a pergunta é: Você está atento ao que acontece no mercado que você atua? Está lendo artigos, conversando com pessoas interessantes na área, fazendo cursos, mentorias?

Aprender para sempre, ou lifelong learning não precisa ser programado em um infinito cronograma, pode ser uma jornada sensacional que passa pelo autoconhecimento. Tudo fica mais fácil quando sabemos quem somos e o que queremos. O que nos dá prazer. Escolher o caminho profissional com base em seu próprios talentos e paixões facilita muito o casamento com o verbo aprender.

Quando fazemos o que gostamos em nossa profissão e em nossas tarefas diárias, a rotina se torna prazerosa e é assim porque executamos bem nosso trabalho, damos conta do desafio e aí vem a dona satisfação que, poderosa, reabastece esse ciclo.

Outro fator que vem dinamizado o estudante que vive em cada um é a tendência maravilhosa que cresce em nossa geração: a possibilidade de múltiplos empregos ou melhor, múltiplas escolhas profissionais.

Pessoalmente, vivo com mais de uma atividade profissional e acho super saudável e estimulante. Isso me permite conhecer pessoas e empresas de diversas áreas, segmentos e idades. Diversidade na veia. Acho também que é uma questão de segurança. Afinal, nem sempre é recomendável colocar todos os ovos no mesmo saco, né?

Sem falar que todos temos talentos diversos. Por que se abraçar a um só?

Um farmacêutico que é fotógrafo também, por exemplo. Um curso de bioquímica aqui, um safári fotográfico acolá. O conhecimento de um amplia a percepção do outro. O repertório cultural fica mais fértil e aí a criatividade deita e rola.

Falando em criatividade, estudante não é só aquele matriculado, de uniforme e horários fixos. Pensemos além do estereótipo. Estudante é aquele que pesquisa no google e assiste tutoriais sobre um assunto que lhe interessa, mesmo sem aplicação prática e profissional imediata. O gatilho é a vontade aprender que aliás deveria ser sempre a fonte de nossa busca, né? Vontade. Vontade de saber mais, de aprofundar, de atualizar, de contribuir, de sentir aquele prazer do descobrir como. Estudante é aquele que sempre estudou na área de exatas e agora está buscando conhecer mais sobre gestão de pessoas. Estudante é aquele que se permite buscar, que se abre para o novo, e deixa entrar.

A criatividade precisa de diversidade. Pensemos na diversidade que habita em nós. Como podemos estimulá-la? Quais seus lados, talentos, curiosidades e vontades não estão sendo deixados de lado para sermos especialistas em alguma coisa? Super legal ser especialista, nada errado com isso, mas que tal também ir dando uma nutrida em seus outros interesses? Não devemos fazer só cursos ou formações diretamente relacionadas a nossa área de atuação, assim como não é recomendável passar férias sempre no mesmo lugar. Paisagens diferentes são instigantes, provocam olhares e sentimentos novos. Estimulam.

A melhor filha da criatividade é a inovação. E ela adora nascer onde existe diversidade. Seja em grupos heterogêneos de pessoas, seja em seres que se permitem aprender múltiplos temas.

Como todos já ouvimos: O saber (substantivo) não ocupa espaço. Ninguém rouba.

Então, dá para acumular sem medo e por prazer.

De qualquer forma, não tem jeito, estudar e aprender são verbos a serem conjugados por toda a vida, profissional e pessoal. E ainda bem!

Juliana Karam

Mestre em Neurocomunicação | Palestras | Mentorias | Treinamentos Capacito lideranças e equipes para Alta Performance em Comunicação

3 a

Perfeito Célia! Estou nesse time de estudantes e aprendizes eternos, e quanto mais aprendo, mais me dou conta do pouco que -ainda- sei!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Celia Linsingen, MSc.

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos